Globosat brinca com a tese, infundada, de que ninguém mais vê TV
Um filminho institucional produzido pela Globosat, maior programadora de TV paga brasileira, entra no ar hoje, pelas redes sociais dos canais da casa, brincando com a tese de que “ninguém mais vê TV”.
A ideia circula fortemente na alta esfera social de localidades com bom acesso a internet, mas, evidentemente, está longe de alcançar a realidade da massa brasileira. É certo que essa distância entre as bolhas e a realidade, no entanto, é bem menor na esfera de quem possui ou pode possuir um serviço de TV paga. Daí sua relevância entre os espectadores de canais Globosat, como SporTV, Multishow, GNT e GloboNews, alvos dos conteúdos mais citados no filme.
Em cena, dois rapazes com seus notebooks abertos comentam que as pessoas só ligam a TV para ver esportes. O outro completa: e notícia. Ah, sim, tem mais isso. Surge então outra opção: show. Ambos concordam que atrações ao vivo são ainda coisa para televisão.
Mas e o BBB? O BBB também tem muita coisa ao vivo, mas a maioria já vem editada, contesta o outro.
Um programa como o Lady Night, se visto pela internet, continua sendo televisão, não? O outro discorda. Ao fim, ambos saem para almoçar e um propõe ao outro: “Vamos no restaurante do Claude?”, referindo-se ao chef Claude Troisgros, estrela do canal GNT.
O propósito é apontar como tudo ainda converge majoritariamente para a TV, mesmo quando a TV vira tela de celular ou computador.
A campanha da Globosat tenta atrair os olhares para uma indústria que, mês após mês, noticia queda de assinantes por meio de operadoras, ao mesmo tempo em que as programadoras aceleram o passo e a tecnologia de seus serviços sob demanda para poder oferecer ao assinante outras opções de consumo.
Afinal, como dizem os dois personagens do filme, a única coisa chata da TV é não poder ver o que você quer quando quer. E é esta a vantagem trazida pelos serviços sob demanda que atualmente merecem investimento prioritário de todos os canais, pagos ou não.
Quem perder esse bonde vai ficar para trás.