Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

‘Haja Coração’ sai de cena bem resolvida e rende extras à web

A Globo encerra bem nesta terça, e que moda, essa, agora, de terminar novela bem no meio da semana, seu título de maior audiência no momento.

‘Haja Coração’ não sairá de cena, no entanto, sem antes render mais alguns milhões de cliques ao GShow, site de entretenimento da casa.  O endereço promete exibir bastidores inéditos esta reta final, em especial do último capítulo, previsto para esta terça, dia 8,.

Tem um making of do casamento do casal Shirlipe, além dos bastidores das últimas cenas de Tancinha (Mariana Ximenes). As câmeras da casa coletaram depoimentos de atores e atrizes bastante satisfeitos com o resultado da novela de Daniel Ortiz, baseada em “Sassaricando”, de Silvio de Abreu. “Vou morrer de saudade”, diz Mariana Ximenes ao se despedir de sua personagem, que finalmente irá se decidir se “me fica” com Apolo (Malvino Salvador) ou com Beto (João Baldasserini).

Convém notar que “Haja Coração” empata com “Totalmente Demais”, a novela anterior, na forma direta como se dirigiu ao telespectador, uma concessão sempre mais dada à comédia do que ao drama. Faça-se, aliás, a ressalva de que a novela atual é mais humor rasgado, mais pastelão que a anterior. De toda forma, o desfecho de ambas está bem calçado em uma única questão, ponto essencial para um bom folhetim: com quem fica a mocinha? E é ela quem escolhe, agora, como aconteceu com Marina Ruy Barbosa em “Totalmente Demais”. Não tem “quem matou?”, não tem quem roubou, nada disso. O penúltimo capítulo terminou com Rebeca (Malou Mader) e Teodora (Grace Gianoukas) desafiando Aparício (Alexandre Borges) a devolver toda a fortuna tungada da ex-mulher. Também dessa demonstração de dignidade vai depender o casamento entre ele e Rebeca, e o futuro da mimada Fedora (Tatá Werneck).

Apesar do aspecto raso que pauta o desfecho, a curiosidade e a torcida da plateia estufam a audiência, sobretudo porque o espetáculo é bom em seu conjunto de obra, do texto à edição, passando pela essencial química acertada entre o elenco. O humor da ficção transbordou para o clima nas gravações. Como estar entre Grace Gianoukas, Marcelo Médici, Cláudia Jimenez, Tatá Werneck e Marisa Orth, mesmo em papel inicialmente dramático, sem rir? A célula da família Abdala justificou a volta à tela da Globo da divertida Cristina Pereira, e rendeu até websérie, amarrada ao folhetim da TV de modo muito competente. Fosse em outros tempos, quando a Globo tinha espaço na grade para desdobrar personagens de novela em seriados, como Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo) e Mário Fofoca (Luiz Gustavo), poderíamos continuar com os Abdala para além da novela. Mas nada impede que eles voltem a se encontrar em outras cenas, pelos canais pagos do grupo, como Viva ou Multishow.

Quem sabe?

 

 

 

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Cristina Padiglione

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