Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

‘Le Monde’ associa sucesso de novelas bíblicas a índice de evangélicos no País

Um dos jornais franceses de maior relevância, o “Le Monde” destacou o sucesso das novelas bíblicas da Record como uma associação direta ao grande número de evangélicos do País. “Au Brésil, une telenovela évangélique fait un carton”, anuncia o título (No Brasil, uma telenovela evangélica faz sucesso). Na linha fina, lemos que “o sucesso da telenovela reflete a força dos evangélicos no país, assim como a eleição de Marcelo Crivella como prefeito do Rio”.

O texto ouve uma espectadora da novela “A Terra Prometida”, atualmente no ar. Evangélica, ela conta que acompanha as novelas bíblicas desde “Os Dez Mandamentos”. Antes, disse, assistia às novelas da Globo, mas jamais gostou desse negócio de violência, homossexualidade e sexo que circulam pelas tramas da concorrência. Ao ter a opção de ver uma história para a família, mudou de canal. A reportagem destaca que a abertura do Mar Vermelho levou, “primeira vez na história da novela brasileira, o folhetim bíblico a bater a audiência da superpotente TV Globo”. Doutor em telenovela pela USP, Mauro Alencar pondera que o episódio atiçou a curiosidade do público, mas que a grande audiência continua de fato na Globo. O dramaturgo Bosco Brasil faz outra pontuação na edição do “Le Monde”, ao comentar que embora a Globo seja uma emissora conservadora, suas novelas são progressistas. A novela bíblica, lembra Bosco, não permite que lá sejam discutidos temas contemporâneos, como sexo e casamento gay, o que muito ocorre nas novelas da Globo.

O “Le Monde” observa que o Brasil é a segunda maior nação de religião pentecostal, perdendo apenas para os Estados Unidos: 22,2% da população é evangélica, segundo dados de 2010 do IBGE.

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Cristina Padiglione

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