Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Loira do Banheiro é cartão de visitas de ‘Lendas Urbanas’, nova série de terror na Record

Episódio aborda bulimia e explora jogo de espelhos

A Loira do Banheiro, aquele espírito que paira entre as divisórias do toilette da escola, uma das lendas mais fortes do imaginário popular, é um dos cartões de visita de “Lendas urbanas”, série realizada pela produtora Sentimental Filmes para a Record.

A edição mereceu breve teaser apresentado durante a Rio Creative Conference (R2C), evento de audiovisual que esta semana tomou a Cidade das Artes, e gerou interesse na plateia. Um jogo de espelhos brinca com a aparição do espírito e a trilha incidental dá o tom de um terror palatável para o gosto médio da audiência de TV aberta.

O resultado funciona, o que não é pouca coisa. Relatar situações que habitam fortemente o imaginário popular é sempre um risco de remeter a produções caseiras no nível das pegadinhas de terror do “Programa Silvio Santos”, como a fantasminha do elevador. Mas também há a boa chance de se aproxima de hits clássicos, e sucessos como a série “Stranger Things”, da Neflix, e do filme “It”, que endossam o potencial de público existente para o gênero, como algo atemporal e universal.

O episódio faz uma leitura contemporânea da situação, com utilidade pública. Isso porque a garota que há de dar de cara com a Loira do Banheiro vai até o vaso sanitário para forçar o vômito do que ingeriu, num evidente diagnóstico de bulimia. A doença é incentivada pela vontade da jovem em caber em um vestido da mãe, interpretada pela esquálida Rafaela Mandelli.

Com isso, explicaram os criadores presentes, soma-se à mítica história um contexto atual, e já que é possível trabalhar com terror sem perder a chance de fazer pensar, que mal há nessa contextualização?

Serão cinco episódios de 40 minutos, com histórias de terror que envolvem outras famosas lendas, como “O Quadro do Menino que Chora” e “Gangue do palhaço”. A estreia está prevista para agosto.

No time de diretores, tem Fernando Coimbra, primeiro diretor brasileiro a dirigir um filme original para o Netflix, o “Sand Castle”, e um dos diretores da série “Narcos” (1ª e 3ª temporadas). É ele quem assina a direção geral e também a direção no set do primeiro episódio. O time de diretores para os demais episódios se estende a Gustavo Hernandez e Juliana Rojas.

 

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Cristina Padiglione

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