Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Longe de Beto Falcão, Emílio Dantas fala de seu novo papel, o porta-voz de Tancredo

Emílio Dantas vive Antonio Britto, porta-voz que anunciou a morte de Tancredo Neves

O sotaque e a malemolência baiana de Beto Falcão, protagonista da novela das nove da Globo, “Segundo Sol”, saem de cena na imagem que Emílio Dantas leva aos cinemas a partir de 13 de setembro, pelo filme “O Paciente – O Caso Tancredo Neves”.

No novo longa-metragem de Sérgio Rezende, Emílio vive Antonio Britto, porta-voz do presidente recém-eleito, e jamais empossado, Tancredo Neves. O filme resgata a emergência médica que levou ao centro cirúrgico, pouco antes da cerimônia de posse do cargo, o primeiro presidente brasileiro civil após 21 anos de regime militar ditatorial.

O país vinha de uma campanha clamorosa por eleições diretas, o que ainda não estava em processo. Tancredo fora eleito pelo Congresso, de modo indireto, mas sua presença na sucessão do general João Figueiredo era um compromisso com a nação de restaurar a democracia.

No papel do porta-voz que acabará anunciando a decepcionante morte de Tancredo, Emílio se encontra com um personagem emblemático para aquele episódio, naquele contexto: era uma ocasião em que as informações chegavam truncadas, sem a devida transparência, até para poupar a chamada “estabilidade” adquirida pela eleição do primeiro civil à frente da presidência do Brasil em 21 anos. Isso gerou uma onda de boatos sem fim, e vamos lembrar que o “circo” nem era ainda alimentado por internet, algo que se assemelhava, na ocasião, a pura ficção científica.

Havia, ainda, a dificuldade do país em lidar com mais um fato mal esclarecido, após tantos anos de informações veladas pela Censura do governo militar.

Othon Bastos faz Tancredo. O roteiro é de Gustavo Lipsztein, com base no livro homônimo do historiador Luis Mir, que, depois de anos dedicado ao projeto, conseguiu acesso a todos os prontuários médicos e documentos do Hospital de Base de Brasília e do Instituto do Coração, em São Paulo, onde Tancredo morreu.

Esther Góes é Dona Risoleta, a primeira-dama. Paulo Betti interpreta o cirurgião Henrique Valter Pinotti, enquanto Otávio Muller faz Dr. Renaul Mattos Ribeiro. Leonado Medeiros também está em foco, como outro médico. Luciana Braga interpreta Ines Maria, filha de Tancredo.

A produção é de Mariza Leão, com coprodução da Globo Filmes, Paris Filmes e Telecine. A distribuição é da Paris Filmes.

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Cristina Padiglione

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