Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Max faz golaço ao reunir Neto e Edmundo em campanha de ‘A Casa do Dragão’

Neto e Edmundo em campanha pela 2ª temporada de 'A Casa do Dragão': preto x verdão

A Max, que até outro dia a gente conhecia como HBO, surpreendeu fãs da franquia “Game of Thrones” (GoT) e também o público do futebol – que não necessariamente são de tribos diferentes – com um filme publicitário que reuniu o Craque Neto e Edmundo, o Animal. Não há como não se divertir com a peça, cujo link está copiado ao pé deste texto.

Ídolos das torcidas do Corinthians e do Palmeiras, os dois são figuras emblemáticas da rivalidade alviverde, e protagonizam um vídeo distribuído em redes sociais para anunciar a estreia da 2ª temporada de “A Casa do Dragão” (The House of the Dragons”), spin-off de “GoT”, que entra no ar neste domingo, 16 de junho, nos canais da HBO pela TV e no streaming da Max.

Neto representa a torcida pelo time preto, liderado pela filha primogênita do rei morto, em duelo com a madrasta, do time verde, que tenta impor herdeiro de seu ventre no trono.

Considerando a popularidade de Neto e Edmundo, o filme promocional é um golaço da equipe de marketing e comunicação do serviço de streaming, e não de qualquer grife. A ideia coloca a Max à altura de competir com outros serviços mais vistos no Brasil, como Netflix e GloboPlay, não em função da qualidade de seu conteúdo, altamente reconhecida, mas por estar ao alcance do bolso do consumidor em condições similares às da concorrência.

Vamos lembrar que a HBO se estabeleceu no Brasil como uma marca premium de TV paga, e foi o primeiro canal no país a oferecer a opção de assinatura independente de operadoras de TV. Quando era disponibilizado apenas por operadoras, o conteúdo da HBO esteve sempre nos pacotes mais caros, e quando passou a ser distribuído como streaming, seu custo era, anos atrás, maior do que hoje valem assinaturas básicas da Netflix, do GloboPlay, do Prime Video e da própria Max, agora vendida a R$ 32,90.

A percepção de que todo o seu conteúdo seria muito voltado a uma elite em condições de pagar caro pelo catálogo sofreu o primeiro grande choque com a popularidade alcançada justamente por “Game of Thrones”, série que foi amplamente pirateada no mundo todo e aqui inspirou até arranjo musical e coreografia de funk na favela.

A Max hoje também é outra, resultado da união entre Warner e Discovery, selo de conteúdos mais populares do que a velha HBO. A empresa tem se empenhado na produção de novelas – ou telesséries, como chegou a anunciar -, valorizando o dramalhão que alcança o coração do público. E agora, com Neto e Edmundo à frente de um lançamento de investimentos tão altos como “A Casa do Dragão”, fica a certeza de que a plataforma quer atingir significativa parcela de um público que até alguns anos atrás não se animava em pagar para ver seus conteúdos.

 

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Cristina Padiglione

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