Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Mulheres no set são uma realidade cada vez mais presente: amém

Documentário tem equipe predominantemente feminina / Divulgação

A série documental Passaporte Feminino, que vem sendo filmada em São Paulo até o fim do mês, traz a história de cinco mulheres imigrantes vivendo na cidade.

A diretora e produtora Carol Massière quer mostrar o cotidiano de mulheres de culturas distintas, enaltecendo a pluralidade da força feminina e reconhecendo, ainda que com muitas diferenças, as mesmas angústias e dores.

A equipe é  predominantemente feminina, uma realidade cada vez mais frequente nos sets da indústria audiovisual brasileira, amém. No caso de Passaporte Feminino, o time é formado por 28 integrantes, dos quais 22  são mulheres.

Segundo Carol, o tema do projeto pedia também uma equipe que se identificasse com as histórias contadas. A série é uma coprodução entre a Be.Content e o canal Lifetime, que exibirá a atração no primeiro semestre de 2023.

FICAM AS DICAS

Outra produção recente de predominância feminina no set, também em função da temática, é “Não Foi Minha Culpa”, série sobre feminicídio lançada pela Star Plus, plataforma de conteúdo não infantil do Grupo Disney. São 10 histórias, com criação de Juliana Rosenthal, sob direção de Susanna Lira.

E nesta quarta-feira (24), às 22h30, chega ao Curta! e ao Curta!On o documentário “O Cinema das Mulheres”, dirigido por Vanessa de Araújo Souza, que conta a história do cinema no Brasil sob a perspectiva das mulheres que trabalharam no setor audiovisual em diferentes áreas, às vezes diante das câmeras, como atrizes, às veszes por trás das telas, como diretoras, assistentes ou produtoras.

A produção convoca um time de mulheres fundamentais para a consolidação do papel feminino no cinema brasileiro, como Alice Gonzaga, Helena Solberg, Tereza Trautman, Lucy Barreto e Carla Camurati. Um dos destaques é a presença da atriz Ruth de Souza, que morreu em julho de 2019. O filme registra a última entrevista concedida por ela, que venceu as barreiras de gênero e de raça e se consagrou como um grande nome do cinema: “Eu acho que eu realizei meu sonho de ser atriz de cinema (…).  Eu tive ótimas oportunidades no cinema e, quando se pega um bom papel, você o faz com todo amor e carinho. Em toda a vida, quis ganhar dez”, afirma Ruth.

A produção conta com um rico acervo de fotos e vídeos de diferentes épocas. Também são exibidas cenas de produções como “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil” (1995), “O Quatrilho” (1955), “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), “Sinhá Moça” (1953) e “Os Homens Que Eu Tive” (1973).

O número de mulheres por trás das câmeras cresce a cada dia, que bom, entendendo também que esse olhar feminino, seja qual for a temática, normalmente traz novas percepções ao público, podendo a cena ser de teor sexual ou culinário.

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Cristina Padiglione

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