Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

‘Nos Tempos do Imperador’ já ocupa vaga na antologia da telenovela

Selton Mello e Mariana Ximenes selam o primeiro beijo de D. Pedro 2º e da condessa do Barral / Reprodução

Paixão antológica (*)

Tão logo foi exibida, no encerramento do nono capítulo de Nos tempos do Imperador, na quarta-feira (18), a cena em que Dom Pedro II (Selton Mello) se declara apaixonado pela Condessa de Barral (Mariana Ximenes) entrou instantaneamente para qualquer antologia da telenovela brasileira.

Ao som de Elis Regina cantando Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque, a locação –de imaginária perfeição high tech­– é algum ponto de Niterói, em busca de uma visão deslumbrante do Rio de Janeiro. Com poucas palavras, na delicadeza dos autores Alessandro Marson e Thereza Falcão, Selton e Mariana materializam aquele transe raro, inexplicável, em momento de êxtase que alguns atores conseguem atingir.

Ele, contido, reflexivo, cirúrgico nas falas, quase constrangido.

Ela, intensa, vibrante, sedutora em cada gesto, eloquente no olhar. Para personagens, intérpretes e telespectadores, não há outra alternativa que não se apaixonar. Lindo, lindo de ver.

 

(*) Embora este texto não me pertença, endosso cada palavra desta singela e luxuosa colaboração do amigo Sergio Ribas para o blog.
Tenho ouvido de várias pessoas rasgados elogios à novela lançada no início deste mês, mas ainda preciso me ocupar de ver mais capítulos para escrever sobre a produção, e logo voltaremos ao tema aqui.

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