Nova novela das sete: queridinho do público, Felipe Simas se apaixona por moça que descongela
Nem só da competência e do perfil físico são feitos os critérios para uma escalação de elenco. Boa parte dos nomes que se repetem nas novelas e séries da TV são de figuras que caíram no gosto do público, segundo as rigorosas e constantes pesquisas encomendadas pela indústria do audiovisual, com a Globo no topo desse segmento.
Componente do triângulo central de “Totalmente Demais” (2015-2016), novela das sete que fez boa audiência, e depois presente na linha de frente da última supersérie das onze, “Os Dias Eram Assim”, Felipe Simas faz parte dessa lista de nomes bem cotados entre o público na Globo. Mulheres de todas as idades, e a audiência feminina ainda é maioria maciça para o sucesso ou fracasso de uma novela, adoram o moço.
Em “O Tempo Não Para”, próxima novela das sete, de Mario Teixeira, produzida a toque de caixa para substituir a frustrante “Deus Salve o Rei”, ele vai se apaixonar por uma das moças que sai de um bloco de gelo em uma praia do Guarujá. Ela é Miss Celine, personagem de Maria Eduarda de Carvalho, que faz parte de uma família que foi congelada há 132 anos e desperta de volta para a vida em pleno 2018 (leia abaixo um resumo do argumento central).
Felipe será Elmo, o melhor amigo e fiel escudeiro de Samuca (Nicolas Prattes). Boa gente ele é, mas, acomodado que só, mora de favor há anos na cobertura do amigo. Já foi de tudo um pouco, e agora recebe a chance de ser o gerente do restaurante da SamVita, o que o faz decidir sobre uma mudança de endereço para a pensão da Coronela (Solange Couto). Ama a tenente-coronel Waleska Tibério (Carol Castro), que não assume o relacionamento por ter vergonha de ele não ter uma profissão, mas, por fim, vai se encantar com Miss Celine.
Nas cena abaixo, sob o comando do diretor Leonardo Nogueira, Elmo se faz acompanhar por Betina (Cleo Pires), quando encontra a prancha de Samuca partida na areia. O amigo foi o primeiro a ver o bloco dos “congelados” no mar, enquanto surfava, e no ímpeto de salvar Marocas (Juliana Paiva) se agarrou ao pedaço do iceberg em que ela estava. Eles foram puxados pela corrente e chegaram à fictícia Ilha Vermelha. A única prova que sobrou na praia foi justamente a prancha quebrada.
Entenda o imbróglio, digo, a novela:
Em 1866, a família Sabino Machado, moradora de São Paulo e detentora de extensas terras para exploração de ouro e minério, além de investimentos em telefonia, embarca em um dos mais seguros navios da época, o Albatroz, a caminho da Europa. Dom Sabino (Edson Celulari), um fiel súdito da monarquia que sonha com um título da nobreza, planeja a viagem para conhecer o estaleiro que comprou na Inglaterra. E também manter longe do falatório da cidade a filha, Marocas (Juliana Paiva), que havia acabado de recusar um casamento no altar. A viagem tem um desvio de rota para uma breve visita à Patagônia, mas eis então que o Albatroz, numa versão local de Titanic, se choca com um iceberg.
O navio naufraga e devido à baixa temperatura da água grande parte dos passageiros acaba congelando, mas, para sorte deles, não terão o mesmo destino que Leonardo Di Carpio no filme “Titanic”.
No total, são treze pessoas: além de Dom Sabino, Marocas e Miss Celine, a embarcação levava Dona Agustina (Rosi Campos), as gêmeas Nico (Raphaela Alvitos) e Kiki (Nathalia Rodrigues), os escravos Damásia (Aline Dias), Cairu (Cris Vianna), Cesária (Olivia Araujo), Menelau (David Junior) e Cecílio (Maicon Rodrigues), o guarda-livros Teófilo (Kiko Mascarenhas), o jovem Bento (Bruno Montaleone), e o cão fox terrier Pirata.
Ali eles permanecem. Mais de um século depois, alheios às revoluções sociais, inovações tecnológicas e conquistas científicas, sem jamais terem ouvido falar das guerras mundiais, da chegada do homem à Lua, da construção de aviões, do surgimento da internet ou da invenção da penicilina, despertarão em 2018, em plena praia do Guarujá, para experimentar um imenso choque cultural e comportamental em todos os aspectos, do vestuário à linguagem, passando por relações humanas, intelectuais e trabalhistas, sem falar na tecnologia, que afeta tudo isso.
O despertar acontece quando o imenso bloco de gelo se aproxima da praia, 132 anos depois. Samuca, empresário engajado em causas sociais, humanista e dono da holding SamVita e da Fundação Vita, focada em reciclagem, está surfando e é o primeiro a avistar aquele monumento. Ele é filho de Carmen (Christiane Torloni) e noivo de Betina (Cleo Pires). Intrigado com o bloco, perplexo e fascinado pelo rosto de Marocas, emoldurado pelo gelo translúcido, ele se entusiasma. Uma fissura ameaça partir o bloco e Samuca, no ímpeto de salvar Marocas, se agarra ao pedaço do iceberg em que ela está. Eles são puxados pela corrente e chegam à fictícia Ilha Vermelha.
Já os demais congelados são levados para a Criotec, laboratório especializado em criogenia, que é o estudo de baixas temperaturas. A chegada do iceberg se torna caso de segurança de Estado e gera curiosidade e comoção nacional. Aos poucos, cada um despertará à sua maneira e terá de enfrentar a realidade contemporânea.
As gravações da novela já começaram e parte das sequências que vai retratar o século 19, que será mostrado apenas no primeiro capítulo, contará com imagens gravadas em Mangaratiba e Sapucaia, municípios do Rio de Janeiro, e nos Estúdios Globo.
Cenas do século 21 também já estão em andamento, com sequências realizadas nos litorais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Estão previstas gravações na capital paulista.
“O Tempo Não Para” tem direção artística de Leonardo Nogueira, com direção-geral de Marcelo Travesso e Adriano Melo. No texto, Teixeira conta com a colaboração de Bíbi Da Pieve e Tarcísio Lara Puiati, e direção-geral de Marcelo Travesso e Adriano Melo.
A estreia está prevista para 31 de julho, depois que a Copa da Rússia passar.