O jornalista Ricardo Lessa sucederá Augusto Nunes no ‘Roda Viva’, da TV Cultura
O jornalista Ricardo Lessa sucederá Augusto Nunes no comando do “Roda Viva”, o mais tradicional programa de entrevistas da TV brasileira no ar. Carioca, formado pela UFRJ, ele fundou e editou o jornal “Hora do Povo”, foi colaborador do “Pasquim”, passou pela TV Manchete, TV Globo, “Estadão”, “Gazeta Mercantil” e outros veículos.
Lessa estreia no posto em 9 de abril, em edição que vem sendo cuidadosamente planejada. Afinal, a despedida de Augusto Nunes, no dia 26, próxima segunda, promete ser triunfal, com a presença do juiz Sérgio Moro, que pela primeira vez dará uma longa entrevista a uma emissora de TV.
William Waack chegou a ser cotado para a vaga, por sugestão do próprio Nunes ao presidente da Fundação Padre Anchieta, Marcos Mendonça, mas a conversa não foi adiante.
É autor dos livros “The Amazon in a nutshell (Biblos) – versão para kindle (Amazon, 2012); “Brasil e Estados Unidos: o que fez a diferença” (Ed. Civilização Brasileira, 2008); “Meu Brasil brasileiro” (Companhia Editora Nacional, 2004); “Vida brasileira (Ed. Lazuli/Gazeta Mercantil, 2000), coletânea de reportagens com outros autores; “Amazônia: raízes da destruição” – 10ª edição (Ed. Atual/Saraiva, 1991) e “A que hora vem o povo?” (Codecri, 1983).
Lessa será o 13º apresentador do “Roda Viva” em 32 anos de programa. Por aquela cadeira passaram, além de Nunes, que comandou o programa por duas temporadas, Heródoto Barbeiro (que também esteve no posto duas vezes), Mario Sergio Conti, Marília Gabriela, Lillian Witte Fibe, Jorge Escosteguy, Paulo Markun, Matinas Suzuki, Roseli Tardelli, Rodolfo Konder, Carlos Eduardo Lins e Silva e Rodolpho Gamberini, o primeiro de todos.
Apesar da crítica aqui feita mais de uma vez aos desgastes sofridos pelo “Roda” em razão das intervenções políticas da presidência da Fundação Padre Anchieta, devo dizer que só cobro temperatura e diversidade de um formato carregado pela genialidade daquele cenário, muito bom para ser desperdiçado. Oxalá a “Roda” volte a girar com o vigor e os contrastes que o jornalismo persegue.
De acordo com informações obtidas no Portal dos Jornalistas, Ricardo Lessa enumera também alguns prêmios ao longo da carreira, como o Icatu de Jornalismo Econômico (1998) na categoria melhor reportagem nacional de economia; o Embratel (1999/2000) na categoria Telecomunicações – Veículos Não-Especializados com a reportagem Sem-TV inconformados com ação da Anatel; Firjan (2000) pela melhor reportagem sobre economia do Rio de Janeiro; e o Organização Nacional da Indústria do Petróleo (2001) na categoria melhor reportagem nacional sobre petróleo.