Para novo canal, Globo evita sigla OTT (Over The Top), no Rio conhecida como ‘Onde Tem Tiroteio’
A Globo ainda não tem nome para sua nova plataforma de streaming, que como disse a colunista de “O Globo”, Patrícia Kogut, vem sendo chamada de “Globoflix”, em referência clara à líder mundial desse segmento, Netflix.
Uma coisa é certa: a sigla Over The Top (OTT) que identifica esse tipo de entretenimento, não é nem mencionada nas reuniões internas do grupo, que tirou da rede Telecine o simpático João Mesquita para comandar o novo núcleo. Embora serviços como a Netflix, a Amazon e a própria Globoplay sejam conhecidos como conteúdo Over The Top (OTT), transmitido exclusivamente pela internet, para ser visto quando, como e onde o assinante quiser, para os cariocas, OTT já tem outro significado e bem mais popular.
Trata-se do aplicativo que os cariocas têm usado para circular pela cidade e evitar zonas de risco, o famoso “Onde Tem Tiroteio”.
O novo serviço zela pelo padrão Globo, com elenco da casa, destinado exclusivamente para essa nova plataforma. Pelo menos dois títulos já estão em produção para o segmento: “Assédio”, com Antonio Calloni, baseada nos crimes cometidos pelo médico Roger Abdelmassih, com texto de Maria Camargo e direção e Amora Mautner, e “Ilha de Ferro”, com Cauã Reymond e Sophie Charlotte, sob direção de Afonso Poyart.
Pode até ser que os dois títulos um dia venham a ser exibidos pela TV, mas são casos em que a produção não mira uma simples antecipação à TV, como ocorre hoje com a Globoplay, e sim já partem de uma concepção diferenciada, feita para a internet e o público consumidor de séries.