Para Porchat, ancorar mesa é novidade no currículo: estreia hoje no ‘Papo de Segunda’, do GNT
Para quem tem experiência como ator, apresentador e roteirista, nada deveria ser novidade no showbiz. Só que não. Fábio Porchat estreia nesta segunda, 5, na cadeira que foi de Marcelo Tas no “Papo de Segunda”, com a percepção de que esta lhe é uma missão completamente nova.
“Porque eu vou estar também dizendo o que eu penso, é diferente de apenas entrevistar ou querer ouvir o que o outro pensa, como eu faço na Record”, comenta, em entrevista por telefone ao TelePadi.
Na nova etapa do Papo, agora sem Tas, Léo Jaime e Xico Sá (que pena!), entram Emicida e o poeta Francisco Bosco. João Vicente de Castro, amigo de Porchat de longa data e seu parceiro no Porta dos Fundos, é o único remanescente do antigo barco.
O novo âncora conheceu pessoalmente Emicida e Bosco na sessão de fotos para o novo programa. Achou que o time deu jogo, “ornou”, como dizem.
“Eu estava lendo nessas férias o livro da Barbara Walters e ela diz que o segredo de um programa de debates é justamente o grupo, a grande sacada é encontrar pessoas que ornem, que se deem, que conversem, mas não pode também todo mundo só concordar e não pode todo mundo só discordar: encontrar esse ponto é o segredo.”
Antes de conhecer pessoalmente os dois novos parceiros de programa, Porchat leu o livro de Bosco e ouviu todo o repertório de Emicida. Fez a lição de casa para a gravação de um piloto que deu ao quarteto uma noção do espaço de cada um “Fiquei muito feliz com o resultado”, diz.
Porchat também volta ao ar hoje pela Record, com as entrevistas, paródias e brincadeiras do “Programa do Porchat”. O time é o mesmo e o cenário, idem.
A partir de hoje, aliás, seu expediente às segundas terá essa ordem de fatores: gravação na Barra Funda da Record até as 20h, quando bate em retirada para o estúdio onde o programa do GNT agora passa a ser produzido, na região de Congonhas, em São Paulo. O “Papo de Segunda” mantém a tradição de transmissão ao vivo, com participação de tuiteiros de plantão, mas deixa o Rio, onde era feito até o ano passado.
“A gente vive um momento interessante de dar opiniões, mas acho que a gente ainda está aprendendo a debater. O que o ‘Papo’ traz de legal é poder discordar, com amor, sem xingar o outro, como acontece muito na internet. No Brasil, a gente ainda está aprendendo a debater, é tudo muito recente, a ditadura acabou faz pouco tempo.” Mas faz 30 anos que a gente está dizendo isso, rebato. “É, e 30 anos é muito pouquinho”, emenda Porchat, um otimista e conciliador por natureza.