Pare tudo: “Avenida Brasil” está de volta
Nada de “Eta Mundo Bom”. A Globo vai reprisar “Avenida Brasil” no Vale a Pena Ver de Novo.
A notícia foi dada em primeira mão pela coluna do Flávio Ricco, no UOL, e confirmada pelo TelePadi. Novela mais exportada da história da Globo, para mais de 120 países, a trama de João Emanuel Carneiro é considerada um fenômeno por ter alcançado grande audiência e engajamento do público, com aplausos da crítica, feito raro em uma obra de criação artística.
A esta jornalista, João Emanuel já disse que pesou muito, para o sucesso da trama, a competência de Adriana Esteves para o papel de Carminha, fator em torno do qual girava todo o enredo.
Criada no lixão, Carminha buscava um meio de se dar bem na vida, tendo como comparsa o cafajeste Max (Marcello Novaes). Casada com o personagem de Tony Ramos, ela maltrata a filha dele, Rita (Mel Maia, que depois se transformará em Débora Falabella). Ao descobrir que ele a trai e enfrentar uma briga, ele sai de casa cambaleante e é atropelado na avenida Brasil (do Rio, veja bem, muito diferente da avenida Brasil de São Paulo) por Tufão (Murilo Benício), jogador de futebol em fase de ascensão, que se sente culpado pelo atropelamento. Manipulado pelo vitimismo de Carminha, ele acaba de casando com ela.
A produção, com direção artística de Ricardo Waddington e direção geral de Amora Mautner e José Luiz Villamarim, se destacou também por enaltecer uma classe C em ascensão. O núcleo principal da história era todo no subúrbio do Rio, em contraposição ao clássico culto à zona sul carioca, sempre edulcorado nas novelas. Em “Avenida Brasil”, ocorria o contrário: Cadinho (Alexandre Borges) e suas mulheres deixavam para trás a zona sul para viver no icônico bairro do Divino.
Elenco, trilha sonora, texto, direção, tudo funcionou magicamente com perfeição, como raras vezes se viu na trajetória das novelas.
Vamos todos parar de trabalhar para ver “Avenida Brasil” ao fim da tarde.
O cast, primoroso, conta com Otávio Augusto, Heloísa Perissé, Eliane Giardini, Marcos Caruso, José Loreto, Débora Nascimento, Isis Valverde, Cauã Reymond, Bruno Gissoni, Bianca Comparato, Juliano Cazarré, Vera Holtz e José de Abreu, só para começar.