Documentário brasileiro sobre desastre em Mariana é premiado na ONU
No dia em que mais uma barragem se rompe (dessa vez a Quati, no município de Pedro Alexandre, a 435 km de Salvador, na Bahia), o documentário “Rio de Lama”, feito em Realidade Virtual e assinado por Tadeu Jungle, o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, foi o vencedor do prêmio de melhor filme do SDGs (Sustainable Development Goals) in Action Film Festival na categoria de Realidade Virtual.
A premiação dos vencedores será na noite desta quinta-feira, na sede da ONU (Organizações das Nações Unidas), em Nova York, em evento que deve ser celebrado com meio de chamar a atenção do mundo para os desastres ambientais (e humanos, por consequência direta ou indireta, como acontecem em maior escala na reserva de Mariana) que estão longe de merecer a devida atenção de governantes no Brasil. De 2015, quando Samarco desmorounou, para cá, trocamos três vezes de presidente e as punições se mantêm pífias, para não dizer zeradas, sem que os riscos de novos desastres se reduzam.
Tadeu nos conta que “Rio de Lama” retrata os escombros da vila Bento Rodrigues em contraposição com a memória afetiva de seus antigos moradores e foi o primeiro filme de VR a ter uma exibição pública no Brasil (no MIS 2016).
“Fico muito feliz com este prêmio e espero que ele contribua para que fiquemos ainda mais atentos com as barragens de rejeitos, que já nos trouxe o horror de Brumadinho neste ano”, diz o diretor, que completa: “Também torço para que com esta luz da ONU a gente possa alargar os horizontes da Realidade Virtual no Brasil como ferramenta de ensino, treinamento e impacto social.”
Conheça um pouco da história de “Rio de Lama”, produção que une as produtoras Academia de Filmes, Beenoculos e Maria Farinha Filmes, e também outros trabalhos em Realidade Virtual de Tadeu Jungle: