Produtora Hungry Man reorganiza estafe para abraçar escala internacional
Composta por operações realizadas a partir de escritórios sediados nos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil, a produtora Hungry Man anuncia a criação de um núcleo global de entretenimento, unificando assim as iniciativas tomadas em cada canto do mundo.
É nesse contexto que o novo Conselho do Entretenimento Global reúne executivos dos três países, que passam a olhar para a área de entretenimento de forma unificada, internacionalizando cada vez mais os projetos da produtora, que soma duas indicações ao Oscar® e ao Emmy Internacional.
“A coexecução multicultural enriquece criativamente os nossos projetos e amplia as possibilidades de desenvolvimento de projetos de impacto, que são nossa marca registrada”, justifica o produtor Alex Mehedff, fundador da Hungry Man Brasil e sócio da produtora, ao lado dos diretores Gualter Pupo, JC Feyer e do americano Bryan Buckley, que abriu a Hungry Man em Los Angeles (EUA), em 1997, com Hank Perlmann.
Os produtores americanos Ben Ellenberg e Branden McClure, que integram a equipe de entretenimento, comemoram a novidade: “É um luxo termos os nossos escritórios internacionais juntos para aplicar uma perspectiva global à nossa missão.”
Para Gualter Pupo, a marca da Hungry Man sempre foi trazer novos olhares sobre as histórias que contam e a criação do núcleo global de entretenimento é uma consequência da trajetória da produtora. “Acreditamos muito no potencial internacional tanto das nossas produções quanto dos profissionais brasileiros. Hoje temos diversos projetos em desenvolvimento nos Estados Unidos, Inglaterra e Brasil ultrapassando, rompendo fronteiras”, observa.
Pupo confirma as filmagens, no segundo semestre, do longa “Cansei de Ser Nerd”, coprodução Hungry Man, A Fábrica, Paramount Pictures e Telecine, com distribuição da H2O Films. A comédia é estrelada por Fernando Caruso, que interpreta Airton, um nerd que sofreu muito bullying na escola. Anos depois, numa festa de reencontro, ele é recebido como herói pelos colegas que o infernizavam. Airton finalmente será aceito, além de resolver um mistério sombrio do passado e conquistar, finalmente, a mulher que ama desde os tempos de estudante. Mas vai descobrir que os estudantes populares, que o receberam tão bem, são satanistas. E querem sacrificá-lo.
Outro destaque deste ano é o documentário “Right to Race”, que estreia na Europa no Dia Internacional do Refugiado, 20 de junho, no canal Eurosport. Escrito e dirigido por Richard Bullock e produzido por Hannah Stone e Matt Buels, o filme foi rodado em diversas locações na Europa, incluindo Zurich, St Gallen, Copenhagen, Monaco, Genebra e Paris. A produção acompanha a jornada do atleta Dominic Lokinyomo Lobalu desde 2019, quando ele fugiu da Equipe de Atletas Refugiados (ART) durante a Maratona de Genebra e pediu asilo na Suíça.
Nascido no Sudão do Sul e refugiado no Quênia desde os 8 anos, Dominic agora vive na Suíça, onde foi treinado por Markus Hagmann e, em um curto prazo, tornou-se um dos melhores atletas de elite da atualidade. No entanto, sua condição de refugiado sem cidadania suíça o impede de competir em nível global no Atletismo Mundial ou de se classifique para as Olimpíadas, sem tampouco poder voltar a competir pela ART, já que fugiu enquanto viajava com eles. O documentário revela a história de Dominic como refugiado, tentando encontrar um lar em um novo país, sua jornada como atleta de elite e seu relacionamento em constante evolução com seu treinador.
Em 2013, Bryan Buckley escreveu e dirigiu o curta-metragem “Asad”, rodado na África com um elenco formado por refugiados somalis e exibido em mais de 50 festivais de cinema em todo o mundo, recebendo os principais prêmios no TriBeCa Film Festival e no Traverse City Film Festival de Michael Moore, entre outros. O filme foi indicado como Melhor Curta-Metragem no 85º Oscar. Em 2020, Buckley recebeu sua segunda indicação ao Oscar pelo curta-metragem “Saria”. Baseado em fatos, o filme explora as dificuldades que jovens órfãs enfrentaram na Guatemala, nos dias que antecederam um trágico incêndio que ceifou 41 de suas vidas em 2017.
Também de Buckley, com o brasileiro JC Feyer, o filme “The Lost Class” rendeu à Hungry Man os prêmios CLIO, um Leão de Titânio de Cannes e uma indicação ao Emmy de melhor comercial.