TV paga perde 95 mil assinantes entre janeiro e fevereiro
Antes que digam que a queda é pela ausência de SBT, RedeTV! e RecordTV nos pacotes das operadoras de TV paga, vamos avisando que o número de assinantes continua caindo. Entre janeiro e fevereiro deste ano, o saldo passou de 18.700 assinantes para 18.605. Isso representa 0,5% de retração na base de pagantes. Em fevereiro de 2016, o saldo era de 18.987.985, o que demonstra com mais clareza a curva descendente do setor. Em um ano, a TV por assinatura no Brasil perdeu 382.833 clientes, reflexo claro da crise econômica. Muitos cortaram o serviço ou o trocaram por opções mais em conta, com outras alternativas, como a Netflix. O que a Netflix não compensa, na falta da TV paga, é canal de notícias, nicho que cresceu bastante em 2016, e de esportes.
Enquanto isso, SBT, Record e RedeTV! continuam pressionando o setor por uma remuneração pelo sinal de seus canais. No fim de semana, até Celso Russomano foi para a TV invocar Código do Consumidor e instigar o público a se queixar de sua operadora de TV paga, pela possível saída desses canais de seus pacotes de TV paga. A campanha ostensiva da Simba, sociedade que une as três redes, pela TV, motivou uma antecipação da Sky, que já desligou os sinais dos três canais no Distrito Federal, onde o sinal analógico já se encerrou. A Sky é conhecida pela política rígida com os programadores que abriga. Já encarou outro duelo com o SBT, com a antiga MTV aberta e, no mês passado, pagou para ver o fôlego da FOX, que chegou a retirar o sinal de seus canais do line up da operadora, segunda maior do Brasil, em troca de uma remuneração mais alta por seus canais.
A ousadia da Sky abre um precedente para as demais operadoras, no melhor sentido do desafio “vamos ver quem pode mais”. Os representantes das redes abertas não contavam com tal iniciativa.
Confira aqui os 10 pontos cruciais dessa briga.