Wagner Moura participa de ato que marca 47 anos do assassinato de Marighella
Quem tem visto Wagner Moura como Pablo Escobar, na série da Netflix, ou mesmo nos últimos filmes da campanha de Marcelo Freixo, candidato derrotado à prefeitura do Rio de Janeiro, certamente não o reconheceria na esquina da Alameda Casa Branca com a Lorena, em São Paulo, na tarde da última sexta-feira, 4 de novembro.
Foi com muita discrição, usando boina, que o ator e diretor apareceu no fatídico lugar onde Carlos Marighella foi morto, há 47 anos, em uma emboscada orquestrada por Sérgio Fernando Paranhos Fleury, delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), considerado um dos maiores torturadores a serviço do regime militar (1964-85).
O ator, que liberou toda a sua agenda para se dedicar à produção e direção de um filme sobre o guerrilheiro, com base na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães, cumprimentou com deferência a viúva de Marighella, Clara Charf, de 91 anos. Ex-senador pela Itália, José Luiz Del Roio também esteve presente, entre outros amigos de Marighella, Clara e da militância por ele representada.
Na ocasião, foi recolocada naquela esquina onde o guerrilheiro foi metralhado, em 4 de novembro de 1969, a placa que marca o local como endereço de sua morte. O objeto havia sido subtraído da pedra. Marighela fundou a a Ação Libertadora Nacional (ALN),