Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

A fome e as soluções para combater esse mal levam Bela Gil ao Estação Livre, na TV Cultura

Bewla Gil e Cris Guterres no Estação Livre / Ana Laura Asano/Divulgação

Tema que voltou a ocupar lugar de máxima emergência no Brasil, a fome e as soluções viáveis para combater esse mal deveriam estar no debate eleitoral que a Globo promove na noite desta sexta, 28, entre os dois postulantes a comandar a presidência da República do Brasil nos próximos quatro anos. Isso é só uma torcida para que o assunto ganhe protagonismo em um encontro que em tese discute o futuro da nação.

O assunto, no entanto, é conversa certa no mesmo horário do debate, uma concorrência quase desleal, pela TV Cultura, a partir das 22h30, quando entra no ar o Estação Livre. A edição da vez contará com a chef de cozinha Bela Gil e o coordenador de justiça social e econômica da Oxfam Brasil, Jefferson Nascimento, sob o comando de Cris Guterres.

Segundo relatório da Rede Penssam –Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional–, 125,2 milhões de pessoas convivem com algum grau de insegurança alimentar no Brasil. Desses, 33,1 milhões passam fome. O que explica esses números tão altos em um dos países que mais produzem grãos no mundo? Por que voltamos a figurar no Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas?

Bela Gil acredita que a fome é realmente uma ferramenta de manipulação da população, porque uma pessoa com fome aceita qualquer coisa. “A gente tem tecnologia social, o que falta é vontade política para transformar”, diz.

O Estação Livre procura dar um panorama da alimentação do brasileiro e também mostra como a participação da sociedade civil é importante na luta contra a fome no país, apresentando iniciativas públicas e privadas que ajudam a diminuir o problema.

O programa mostra como funciona o projeto Cozinha Escola Solidária, que profissionaliza para o mercado de trabalho na área da gastronomia, além de alimentar quem não tem o que comer. E o Mesa Brasil, que mobiliza empresas doadoras de alimentos, além do Gastronomia Periférica, negócio social que oferece curso de profissionalização gratuito ao povo periférico.

A edição traz também o Bom Prato, programa do Governo do Estado criado em 2000, que serve diariamente 126 mil refeições por R$ 1,00 o prato.

Por fim, o Estação Livre fala sobre a qualidade da alimentação do brasileiro, a quantidade de novos agrotóxicos que o governo federal liberou para uso no Brasil e apresenta o projeto Mulheres do Gau, grupo de agricultura urbana da Zona Leste de São Paulo que trabalha para abastecer a comunidade com produtos orgânicos.

“Dá para produzir comida para toda a população de maneira orgânica e agroecológica. Esse mito de que não dá para alimentar o mundo com orgânico precisa ser desbancado”, afirma Bela Gil.

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Cristina Padiglione

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