Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

A partir da 5ª temporada, ‘Sob Pressão’ será vista antes pelo GloboPlay

Nova safra traz mistério sobre suposto filho de Evandro (Júlio Andrade), marido de Carolina (Marjorie Estiano). Foto: João Cotta/Divulgação

Uma das melhores séries já produzidas pela Globo, fruto de parceria com a produtora Conspiração, “Sob Pressão” passará a ser um produto original GloboPlay a partir de sua 5ª temporada, prevista para 2022. Isso significa que a 5ª safra de episódios da franquia será vista antes pelos assinantes da plataforma, para chegar à TV aberta apenas um ano depois.

A 4ª temporada estreia em menos de duas semanas, em 12 de agosto, tendo a TV aberta como primeira janela de exibição, assim como ocorreu com as três temporadas anteriores.

Criação de Luiz Noronha, Claudio Torres, Renato Fagundes e Jorge Furtado, a partir de ideia original da diretora Mini Kerti, a série “Sob Pressão” é derivada do filme homônimo, produzido em 2016, livremente inspirado no livro “Sob Pressão: A Rotina de Guera de Um mèdico Brasileiro”, do cirurgião torácico Marcio Maranhão, em depoimento à jornalista Karla Monteiro.

A série, pode-se dizer, teve mais sucesso que o filme, e foi ganhando aplausos e prêmios ao longo das três primeiras temporadas, a ponto de a Globo ter desistido de encerrar o título após três safras. No ano passado, em meio à crise sanitária mundial trazida pela Covid-19, o título mereceu a produção de dois episódios excepcionais sobre o assunto.

O público pode então entrar em um hospital de campanha durante a pandemia, pelo olhar da série. Embora se trate de uma dramaturgia de ficção, todo o roteiro, assinado por Lucas Paraízo, Márcio Alemão, André Sirangelo e Pedro Riguetti, é calçado na consultoria ao médico Marcio Maranhão, que inclusive teve Covid e trabalhou na linha de frente do enfrentamento à doença. A direção é de Andrucha Waddington.

Encabeçado por Júlio Andrade e Marjorie Estiano, o elenco conta com Bruno Garcia, Drica Moraes e Pablo Sanábio, time que recebeu tamém David Júnior desde os episódios “Plantão Covid”. Nesta 4ª temporada, Bárbara Reis se junta ao cast hospitalar. Arlete Salles e Ary Fontoura fazem participação especial em um episódio que abordará HIV na terceira idade. Ailton Graça também estará em cena em um capítulo que traz o racismo à tona.

A série mantém a proposta de abordar grandes dramas sociais por meio da saúde, o que é sempre feito de uma maneira muito útil para o repertório do público, sem perder a delicadeza em meio a cenas de sangue, seringas, agulhas e outras ferramentas cirúrgicas.

Nas temporadas anteriores, o ambiente hospitalar já foi palco de debate sobre corrupção na saúde, violência doméstica, tráfico de drogas, pedofilia, dependência química, preconceito de gênero e, no conjunto da obra, o descaso do país à saúde pública.

Até a questão das milícias foi parar no pronto-socorro, após o desabamento de um prédio que deixou feridos, episódio que anteviu fato idêntico ocorrido no Rio. Para Lucas Paraízo, responsável pelo texto final, não é que a equipe seja vidente, mas, infelizmente, os problemas no país são cíclicos e se repetem –daí algumas coincidências entre a ficção e o noticiário.

 

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Cristina Padiglione

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