Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

‘Amor de Mãe’ abordará violência doméstica, drama acentuado pela pandemia

Taís Araújo durante do Roda Viva, no Dia Internacional da Mulher/ Reprodução

Como novela realista que se preze, “Amor de Mãe” abordará um dos dramas acentuados pela pandemia: a violência doméstica.

O assunto virá à tona por meio das novas atividades de Vitória, advogada vivida por Taís Araújo no enredo de Manuela Dias. O folhetim, ainda em fase de um compacto em reprise, voltará com cenas inéditas, e absolutamente contemporâneas, a partir da próxima segunda-feira (15).

A dedicação de Vitória aos casos de violência doméstica em tempos de Covid-19 foi fato revelado pela própria atriz em entrevista ao Roda Viva, programa da TV Cultura, na noite de segunda-feira (8), do qual participei.

“Eu jurava que a minha história já estava se encerrando, e a Manuela foi tão inteligente pra fechar a história dessa personagem, porque é uma personagem basicamente de uma história de redenção linda através da maternidade. Só que ela era uma profissional brilhante, e ficou muito focada na maternidade, e aí, cadê essa profissional? Na pandemia, essa profissional renasce e renasce de um lugar muito bonito, que eu vou dar um spoiler aqui agora, que é defendendo as mulheres que estão sofrendo violência doméstica, que estão sofrendo muito no período da pandemia.

Quando a gente terminou a novela na primeira fase, tinha a história do racismo. Agora ela dá essa volta.”

Taís citou toda a trajetória da personagem, que chegou a doar seu primeiro filho e até a querer esquecer disso, o destino lhe traz Sandro (Humberto Carrão) de volta, e a partir daí, “tem toda a história de redenção dela”. “É por isso que a maternidade é tão poderosa: porque ela obriga a gente a olhar pra gente, obriga a gente a olhar pras nossas atitudes, a olhar pro mundo, a pensar em que mundo a gente quer para os nossos filhos e a trabalhar para que esse mundo exista.”

Se não tivesse sido interrompida pela pandemia, “Amor de Mãe” teria mais dois meses até o seu encerramento, e não apenas um, com 23 capítulos, como ocorrerá agora, nesta fase final. Para a atriz, isso favoreceu a história, já que novela “é uma coisa muito longa, né?” “Lendo, eu vejo tanta qualidade no texto da Manuela, e aquela coisa que seria mais esticada numa novela, foi condensada e vai virar uma belíssima série de 23 capítulos. Eu acho muito bom ‘fase final’, acho tão impactante! Quem não vai querer ver a ‘fase final’?”

Outro efeito trazido pelo isolamento social foi o Ensino A Distância, o chamado EAD, que também estará na novela, por meio de Camila, personagem de Jéssica Ellen.

A entrevista de Taís ao Roda Viva trouxe uma extensão de assuntos bacanas, do racismo ao assédio moral, passando por feminismo, é claro e pelas agruras atravessadas pela cultura brasileira neste momento de desgoverno que o país atravessa.

Vale a pena ver e rever, e por isso copio o link abaixo.

 

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