Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Ana Flávia Cavalcanti se despede de ‘Amor e Mãe’ e revisita atualidades em ‘Malhação’

Tudo bem que “Malhação: Viva a Diferença”, premiada temporada idealizada e escrita por Cao Hamburger, nem é tão antiga assim, mas dói reparar como alguns problemas abordados na ocasião estão ainda mais atuais do que em 2017/2018, quando a novela foi ao ar originalmente.

No papel de Doris, diretora de uma escola pública, Ana Flávia Cavalcanti revisita sua personagem na trama em um cenário que, na vida real, serve como palco de vários temas sabiamente abordados por Hamburger no enredo. Ali se levantou com propriedade a bola da importância da educação aos jovens e dramas pessoais nos quais a instituição de ensino auxilia famílias menos providas de orientação e informação.

Uma das sequências protagonizadas por Flávia foi o incentivo e apoio a uma aluna que denunciou o padrasto por abuso sexual. Como a gente sempre diz aqui, entretenimento não tem obrigação de educar, mas quando consegue divertir e ensinar algo, essa junção propicia uma vantagem brutal ao repertório do espectador.

É com essa satisfação de Flávia revê essa temporada de “Malhação”, que, aliás, acaba de dar frutos -estreou nesta quinta-feira (12) no GloboPlay o spin-off (derivado) da novela, consumada na série “As Five”, com as meninas que faziam a linha de frente de “Viva a Diferença”.

Flávia também circulou pela tela da Globo em “Amor de Mãe”, novela de Manuela Dias que foi interrompida pela pandemia, e voltará a ao ar em janeiro, primeiro pela reprise de um compacto do que já foi ao ar, e depois, entre fevereiro e março, com os 23 capítulos finais da história.

No enredo, Flávia é a delegada Miriam, outra personagem bacana, que mostrou sororidade e solidariedade a Penha (Clarissa Pinheiro) após a morte de Wesley (Dan Ferreira), que tinha abandonado Penha para ficar com a delegada. Ela já encerrou seu expediente em “Amor de Mãe”, cujas últimas cenas serão realizadas ainda nesta semana.

Com esse conjunto, Ana Flávia já teve direito a um depoimento gravado para o projeto Memória Globo, que reúne profissionais que passaram pela Globo, a fim de contar suas trajetórias e, com isso, ajudar a preservar a memória da própria emissora. Ana Flávia engrossa a larga iniciativa que a Globo tem tido na ampliação da diversidade de etnias e cores de seu elenco e de seus criadores, algo que foi bastante cobrado da emissora há dois anos, quando uma novela gravada na Bahia carecia de elenco negro na linha de frente.

A Globo vem se empenhando, em todos os canais, para investir em pluralidade e em olhares pouco valorizados nesses 55 anos de TV Globo.

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Cristina Padiglione

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