Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Grupo de produtores brasileiros em feira de TV em Cannes supera 2015 e 2016

Julio Andrade é Cadu na série 'Um Contra Todos', que a Conspiração leva na bagagem a Cannes

Superando os dois anos anteriores, soma 41 o número de produtoras brasileiras que faz neste outubro a delegação da BRAVI (Brasil Audiovisual Independente), associação que reúne empresas do setor, na MICOM, a mais importante feira de TV do mundo.

O evento começa no dia 16, mas é precedido pela MIPJunior, dias 14 e 15, dedicada especialmente a produções infantis. Na turma deste ano, oito produtoras vão à feira pela primeira vez.

A MIPCOM vale para ver e ser visto. Rodadas de negócios com produtores de outros países, players internacionais e distribuidores de conteúdo são agendadas previamente pela BRAVI, que defende os interesses do audiovisual nacional. Para embarcar em eventos internacionais como este, a associação (no exterior tratada como “Brazil Content”) conta com o apoio, inclusive financeiro, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil), que até promove no estande da BRAVI, no Palais des Festivals, um coquetel de caipirinha que já se tornou tradicional. O drink faz desfilar a cachaça nacional, claro. Os gringos comparecem em peso, e a Apex mata, assim, dois coelhos de uma só vez (desculpe pela expressão politicamente incorreta dos nossos tempos), ao divulgar nosso audiovisual junto com a  mais autêntica bebida made in Brazil.

Mas o que esse mercado celebra agora é alguma recuperação no fôlego que havia arrefecido em 2015 (quando a delegação brasileira na MIPCOM tinha 34 produtoras) e 2016 (38 produtoras). Para a semana em Cannes, estão agendadas reuniões entre brasileiros e as delegações argentina, israelense, britânica e chinesa.

Integram o grupo brasileiro da MIPCOM as produtoras 2DLab, 44 Toons, Alopra Estúdio, Animaking, Belli Studio, Boutique Filmes, Bromélia Produções, Cabong Studios, Capelini Filmes. Chatrone, CINE Group, Conspiração Filmes, Copa Studio, Cygnus Media, Dogs Can Fly Licensing, DUE Produções, ELO Company, Estúdio Giz, FM Produções, Grifa Filmes, INPUT | artesonora, LUVA, Mixer Films, Moonshot Pictures, Panorâmica, Plateau Filmes, Prodigo Films, PUSHSTART, Raven Filmes, Red Studio Brasil, Sato Company, Sétima Cinema, Singular, Split Studio, Synapse, Tortuga Studios, TV Pinguim, Visom Digital, Zeste, Zola e a Rinaldo (Patati & Patatá). Representantes do Rio Content Market, feira de TV que já se tornou a maior da América Latina, no Rio (o evento ocorre sempre uma semana após o carnaval) juntam-se ao grupo.

O maior estante do Brasil no Palais des Festivals, que sedia todos os congressos que lotam Cannes por pelo menos 300 dos 364 dias do ano, ainda é o da Globo. SBT, Record e Band também costumam comparecer. Mas, entre a líder de audiência e o segundo lugar na TV aberta, está justamente o estande da Brazilian Content, que já há alguns anos se apresenta na MIPCOM e na MIPTV (que ocorre em abril, também em Cannes) como o 2º maior espaço ocupado no local. São bons indícios de que a produção nacional independente tem sido bem impulsionada aqui e lá fora, amém.

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Cristina Padiglione

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