Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Viva Play dobra em 2017: TV sob demanda avança entre os mais velhos

Joana Fomm como Perpétua, em 'Tieta', hit que ajudou a quase dobrar audiência do Viva Play

O Viva Play, plataforma de TV sob demanda para assinantes do canal Viva, acessado via streaming (internet), cresceu 95% em sua audiência, só ao longo de 2017. É uma plateia que quase dobrou em um ano. Entre os programas mais vistos por ali, estão as novelas “Tieta” e “Por Amor”, além de humorísticos como “Toma Lá, Dá Cá”, e “Escolinha do Professor Raimundo”.

Cresce a passos largos, e aqui já não falamos de geeks, ao contrário, o hábito de ver TV fora da transmissão linear, seja no celular, no PC ou em SmartTVs, telona que tem incentivado esse avanço de modo irreversível. O sujeito que liga uma TV e pode acessar ali, na mesma tela, a programação linear de canais pagos e abertos, assim como a Netflix, a HBO GO, a Globo Play ou o aqui citado Viva Play, entre tantos outros canais e plataformas sob demanda, começa a trabalhar numa livre escolha do que quer ver, entre os programas em transmissão e todo o conteúdo que ele queria muito ter visto, mas perdeu em seu horário de exibição original.

Lembrando que este é um ano de Copa do Mundo e que a venda de televisores sempre cresce nesses calendários de bola na rede, podemos esperar por um crescimento ainda mais relevante este ano.

Ainda anteontem, publicamos neste espaço dados de uma pesquisa do Omelete Group, em parceria com o Ibope, sobre serviços de streaming em ascensão e TV por assinatura em queda. É claro que os canais pagos que souberem ganhar seu público por plataformas acessadas via streaming, oferecendo sua programação como, quando e onde o espectador quiser ver, terão muito mais chances de sobreviver diante das tendências desenhadas pelo cenário atual.

E, se os entrevistados do Omelete ainda fazem parte de um segmento muito específico de jovens mais ligados no streaming do que na tela denominada televisor, o mesmo não se aplica à plateia de um canal como o Viva, composta sobretudo de saudosistas interessados em rever grandes clássicos, produções de um tempo mais distante, quando os fãs do site Omelete talvez nem tivessem nascido.

O movimento é amplo e irrestrito e vai estendendo sua presença para além dos mais jovens.

Quem não se movimentar vai perder o bonde.

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Cristina Padiglione

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