Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Brasileiro passou 7h09 por dia diante da TV em 2020, com recordes de audiência

Estudo da Kantar Ibope apresentado nesta quinta-feira (4) ao mercado publicitário, ao qual o blog teve acesso com antecedência, informa que mais de 204 milhões de brasileiros assistiram à televisão em 2020, deixando-a ligada por 7h09 diariamente.

Isso representa 37 minutos a mais que a média de 2019 e o maior tempo dos últimos cinco anos.

Em 2020, foram registradas 38 das 50 maiores audiências dos últimos cinco anos, com pico em 24 de março, 23% maior do que a média anual de 18,25%. Nessa data, foram anunciados o fechamento do comércio em todas as capitais do país, o adiamento da Olimpíada de Tóquio e o alerta da OMS colocando os EUA como novo epicentro mundial da pandemia de Covid-19. Foi mais audiência do que a registrada em momentos como os jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2018, a greve dos caminhoneiros em 2017 e tanto a abertura quanto o encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016.

“O ano também contou com outras coberturas igualmente importantes, como o cenário político nacional, o movimento Black Lives Matter e as eleições norte-americanas. Tudo isso fez com que os canais dedicados ao jornalismo na TV paga tivessem um aumento considerável em suas audiências. Em média, as pessoas passaram 30% a mais de tempo assistindo a canais de notícias em 2020”, afirma Adriana Favaro, Diretora de Desenvolvimento de Negócios da Kantar Ibope.

Na seara do streaming, que também apresentou grande crescimento, sabe-se que cada cidadão conectado a esses serviços passou 1h49 por dia, também considerando-se aí a média do ano, assistindo a serviços de vídeo sob demanda pagos.

“Com mais opções de players [serviços e canais], somente 8% dos usuários afirmam que não cancelariam o serviço que assinam por motivo nenhum. Um desafio para um mercado com crescente competitividade”, diz a executiva.

O custo de tantas assinaturas no bolso, evidentemente, é o primeiro fator que pesa na hora de ter de abrir mão de serviços pagos.

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Cristina Padiglione

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