Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Com 47 programas, culinária somou 17% ao caixa da TV no 1º semestre do ano

A chef Paola Carosela, jurada do 'Masterchef Brasil'

Na véspera da final de mais um “Masterchef Brasil”, sucesso da Band que parece longe de se esgotar, um levantamento mostra por que a emissora tem procurado emendar uma edição na outra, além de apostar em outro título relacionado a comida, o “Pesadelo na Cozinha”, com Eric Jacquin, pronto para uma 2ª temporada.

Nos últimos cinco anos, o interesse por programas culinários cresceu 15% entre homens de 18 a 34 anos e 2% entre as mulheres da mesma faixa etária (vamos considerar que como o interesse deles era mais baixo, havia mais o que crescer entre meninos do que entre meninas). Os dados fazem parte de um levantamento do Target Group Index, solução da Kantar IBOPE Media: 46% dos entrevistados concordam com a frase “cozinhar me fascina”. Desse universo, 30% tendem a confiar mais nos produtos que os apresentadores de TV indicam e 25% admitem que celebridades influenciam suas decisões de compra.

Tomando como referência os custos de tabela comercial (que na prática tem sempre uma larga fatia de descontos, e mais ainda em tempos de crise),  a compra de espaço publicitário em programas culinários e reality shows do gênero equivaleria a R$839 milhões no 1º semestre de 2017. O crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior dona 17%, considerando TV aberta (58% desse bolo),  TV paga (25%) e merchandising (17%).

Esse período fez revezar nos programas do gênero e seus intervalos nada menos que 3 mil marcas. Entre as categorias, cervejas e supermercados, hipermercados e Atacadistas representaram 10% da compra de espaço publicitário.

Entre os maiores anunciantes neste tipo de programação, destacam-se Unilever Brasil, Carrefour e Ambev.

Audiência
Entre janeiro e julho deste ano, 47 programas diferentes de reality shows culinários foram transmitidos pela TV no Brasil, somando canais abertos e pagos. Segundo dados da Kantar IBOPE Media, quase 39 milhões de indivíduos consumiram ao menos 1 minuto desse conteúdo nas 15 regiões metropolitanas onde a audiência de televisão é aferida regularmente, o que representa 56% da população que possui TV em casa no país.

O estudo revela ainda que os realities (que a Band prefere chamar de “talent show”) são mais consumidos por mulheres das classes A e B. No recorte de idade, a maior concentração de telespectadores tem entre 25 e 49 anos.

Líder em engajamento no Twitter, a rede social que mais afeta e é afetada pelos programas de TV, o “Masterchef” também puxa a tendência de movimentar a internet. De acordo com o Kantar Social TV Ratings, solução de Social TV da Kantar IBOPE Media, que analisa o engajamento dos telespectadores no ambiente digital, entre janeiro e junho deste ano, os reality shows culinários geraram mais de 300 milhões de impressões (quantidade de vezes em que os tweets relacionados ao programa foram visualizados durante a sua exibição) no Twitter. Em média, 31% das menções são positivas e só 6% são negativas, nas contas do levantamento.

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Cristina Padiglione

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