Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Falabella e Giani falam sobre Cláudia Raia na volta do ‘Persona’, pela TV Cultura

Cláudia Raia revisita sua trajetória na estreia da nova temporada, com Eduardo Martini e Gerson Esteves

Figura divertida e muito querida no meio artístico, Cláudia Raia tem o hábito de guiar seu amigos com bons conselhos (de graça, sim) e muita objetividade naquilo de que eles mais precisam. Não economiza na dedicação a quem ama. Dizem os mais próximos que até pitacos nas renovações de contratos de colegas com a Globo ou outros empregadores ela dá. Avalia cláusulas, instiga a valorização profissional de cada um e, ao final, conclui: “pode pedir mais: você merece no mínimo o dobro disso”.

É importante que se diga isso para entender que os depoimentos gravados sobre ela, por amigos ouvidos pelo programa “Persona”, da TV Cultura, não são meras bajulações. Dona Raia inaugura nesta quarta uma nova temporada da atração que radiografa um artista por meio de sua trajetória, ouvindo amigos e entrevistando o alvo de cada edição. Lá estarão Reynaldo Gianecchini, Miguel Falabella e Jorge Fernando falando sobre a atriz que começou a carreira ainda menina.

Eduardo Martini, outro grande amigo, é um dos entrevistadores, ao lado do diretor Gerson Steves. A apresentação, como de praxe, é de Atílio Bari, e o programa vai ao ar às 23h15, pela Cultura, pelo canal da Cultura no YouTube e no aplicativo Cultura Digital.

Na edição, Cláudia lembra que aos 7 anos, ela já desafiava grandes nomes da cena artística, como o bailarino e coreógrafo nova-iorquino Lennie Dale, alguém a que ela se refere na edição como uma das pessoas mais importantes que já passaram por sua vida e carreira. Aos 13,  foi contemplada com uma bolsa para estudar ballet em Nova York.

Conta que se achava “horrorosa” na adolescência, e que, ao perder os meninos todos para uma amiga muito bonita, passou a desenvolver, conscientemente, um treno de carisma, do saber falar e saber convencer. “Era minha amiga com todos os meninos em volta e eu sozinha. Dali a pouco, eu ia roubando o público dela”.

O “Persona” passa por seu encontro com Walter Clark, figura das mais importantes na história da TV, quando ele era produtor da versão brasileira do espetáculo “A Chorus Line”. E mostra a primeira participação de Cláudia na TV, aos 17 anos, como a personagem Carola, contracenando com Jô Soares na esquete Vamos Malhar, do programa Viva o Gordo, na Rede Globo.

Tem ainda imagens suas em “Roque Santeiro” (1985), sua primeira novela, do lendário Tonhão (“TV Pirata”, 1988/89) e da genial “A Favorita”, de João Emanuel Carneiro, em que ela foi Donatela, sua primeira protagonista.

Fala ainda de cinema e de musicais, claro, sua grande paixão: “Não existe teatro musical que não seja superlativo”, diz ela, que deixou sua coreografia marcada em espetáculos como “Splish Splash, “Sweet Charity”, “Pernas Pro Ar”, “Cabaret”, “Crazy For You”, “Raia 30” e “Cantando na Chuva”, entre outros.

E se emociona ao falar dos amigos mais próximos, incluindo Reynaldo Gianecchini, Miguel Falabela e Eduardo Martini: “eu sou uma pessoa que vivo para apoiar os meus amigos. E a vida é responsiva. Porque a vida me dá de volta (…) Deus pôs no meu caminho só grandes amigos. E tudo o que eu consegui na minha vida foi porque eu tive apoio. Foi porque alguém me deu a mão”.

O “Persona” desta temporada tem ainda entrevistas já gravadas com Marcos Caruso, Ruth de Souza, Mauro Mendonça, Rosi Campos, Eduardo Tolentino de Araújo, Hugo Possolo, Herson Capri, Jonas Bloch e prevê especiais sobre Tônia Carrero e Bibi Ferreira.

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Cristina Padiglione

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