Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Globo fecha 3ª temporada de ‘Sob Pressão’ com recorde e confirma 4ª safra

Marjorie Estiano e Julio Andrade em cena do episódio final da 3ª temporada de 'Sob Pressão'/Reprodução

Na contramão de tudo o que foi dito no lançamento da 3ª temporada de “Sob Pressão”, a Globo vai de fato dar seguimento à série. Quando esta safra foi apresentada à imprensa, com entrevistas de diretores, atores e roteiristas, tratava-se o caso como fim do projeto, apesar de todas as críticas positivas e dos questionamentos sobre a falta de motivo para encerrar uma produção tão bem-sucedida. Bem que Lucas Paraízo, roteirista que assinou o texto final desta temporada, avisou ao TelePadi que caso a emissora mudasse de ideia, haveria, sim, um gancho lá no último episódio para a tão esperada continuação da série.

Houve, e não foi em vão, que bom.

Além da alta qualidade técnica e da excelência como conteúdo de entretenimento, “Sob Pressão” exerce um papel de utilidade pública sem resvalar na panfletagem, o que só torna suas mensagens mais eficientes para a compreensão do público.

Com texto que contou ainda com Márcio Alemão e consultoria do médico Márcio Maranhão, a terceira temporada só endossou a eficiência do título.

O 14º episódio e último episódio desta temporada, a mais longa das três (a primeira teve 9 capítulos e a segunda, 11) foi ao ar nesta quinta, 25 de julho, com recorde de audiência desta safra no Rio (27 pontos e 42% de participação entre os televisores ligados) e São Paulo (25 pontos e 40% de participação). O enredo da vez começava com uma briga de trânsito tensa, exemplo de como a vida da gente pode mudar em questão de segundos, quando tudo parecia céu azul, e de como uma arma ao alcance da mão pode determinar final infeliz para quem atira e para quem é atingido.

A terceira temporada completa registrou, do primeiro ao último episódio, uma média de 22 pontos em São Paulo – registrando crescimento de 1 ponto (ou 5% em relação à média da faixa, em relação às semanas anteriores à estreia) e 24 pontos no Rio de Janeiro – crescimento de 2 pontos ( 9% do bolo local).

A safra marcou a estreia de Júlio Andrade, o protagonista (ao lado de Marjorie Estiano), como diretor. O elenco, de modo geral, já mostrava, antes da estreia desta temporada, toda a disposição de dar seguimento à série, que tem coprodução da Conspiração e apoio de leis de incentivo via Ancine, o que é relevante ressaltar neste momento em que o presidente Jair Bolsonaro enxerga tantas mazelas na Agência de Cinema.

É evidente que a Globo e a Conspiração podem continuar a produzir a série sem o apoio de fundos administrados para o audiovisual, boa parte deles composta por dinheiro da iniciativa privada, angariado justamente para esses fins, como já foi dito aqui. Mas a qualidade final fatalmente acabaria sacrificada por um investimento mais modesto.

A Globo ainda não definiu quando a série voltará ao ar. Júlio Andrade, além de protagonizar “Um Contra Todos”, outra série bem-sucedida na FOX, também com produção da Conspiração e verba de leis de incentivo via Ancine, é nome cogitado para “Amor de Mãe”, próxima novela das nove da Globo.

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Cristina Padiglione

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