Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Globo lança ‘Aruanas’ em Portugal: série traduz para o mundo o desastre ambiental brasileiro

Marcos Nisti, autor de 'Aruanas', ao lado de Débora Falabella, uma das protagonistas, e de Pedro Neto, diretor da Anistia Internacional / Divulgação

Série que mereceu lançamento em Londres, Nova York e São Paulo, “Aruanas”, disponível aqui pelo Globoplay, teve evento de apresentação especial em Lisboa, nesta quarta-feira, com as presenças de Debora Falabella, uma das protagonistas, Marcos Nisti, autor e coprodutor, e Ricardo Pereira, diretor da Globo Portugal.

Assim como cá, o primeiro capítulo vai ao ar na Globo Portugal, canal pago básico, neste sábado, às 23h40 (horário local), com reprise no dia seguinte, às 15h40 e exibição no Globo Now, espaço de conteúdo sob demanda naquele país, às 23h.

É só um aperitivo tentador, e é de fato convidativo, para a assinatura da produção completa em plataforma à parte. Em Portugal, assim como em outros 150 países, “Aruanas” está disponível pelo  aruanas.tv, um ambiente sustentado pelo Vimeo, por US$ 12,90 o título completo. 

Boa parte das frases ouvidas em “Aruanas” frequenta a boca de figuras reais presentes nos noticiários, sem que o público leigo se dê conta da vilania dos personagens de verdade. O enredo da série, obra de Marcos Nisti e Estela Renner, também diretora, retrata a luta de ativistas ambientais que tentam, de alguma forma, impedir a desgraça ambiental que se abate sobre a maior floresta tropical do mundo, uma Amazônia usada e abusada por interesses de toda ordem, com derrota de sua preservação.

Ao transformar o tema em entretenimento, com uma série de ação em dez episódios, a Maria Farinha Filmes, coprodutora do título ao lado da Globo, com distribuição mundial, tem condições muito maiores de comover a atenção do planeta para questões infelizmente banalizadas e mal sinalizadas pelos noticiários. Do jeito que a coisa vai, deveríamos todos dar às primeiras páginas, capas de revistas e chamadas de sites, TV e rádio, um tom de National Geographic, com prioridade ao assunto.

Governos vão e vêm, juízes e legisladores se alternam, mas os estragos ao meio ambiente são irreversíveis.

Daí a presença essencial, no lançamento em Portugal, como aconteceu nos demais países, de organizações internacionais que são referência em Meio Ambiente e Direitos Humanos, além de jornalistas e influenciadores. A secretária-geral do Ministério do Ambiente, Alexandra Carvalho, e Pedro Neto, diretor da Anistia Internacional, estavam lá. “O que acabamos de assistir foi muito poderoso. Esta série toca em todos os aspectos relacionados com as preocupações ambientais, é impressionante. ‘Aruanas’ vai ter um impacto enorme, tenho a certeza”, aposta Alexandra.

Para Nilo D’ávila, diretor de campanhas do Greenpeace Brasil, parceiro técnico da série, vivemos uma urgência climática no mundo. “Esse é um tema muito sério. As cenas que acabamos de ver são muito impactantes. Espero que ‘Aruanas’ desperte o público mais jovem para essas questões”.

A série retrata a história das ativistas Natalie (Débora Falabella), Luiza (Leandra Leal), Verônica (Taís Araújo) e Clara (Thainá Duarte) na ONG Aruana ao investigar as atividades de uma mineradora que atua na Amazônia, sob o comando do mega empresário brilhantemente vivido por Luiz Carlos Vasconcellos, com apoio da lobista vivida por Camila Pitanga.

Coprodução da Globo com a Maria Farinha Filmes original para o Globoplay, “Aruanas” conta com o engajamento de mais de 20 ONGs internacionais e nacionais.

Escrita por Estela Renner e Marcos Nisti, com a colaboração de Pedro de Barros, a série tem direção artística de Carlos Manga Jr. e direção geral de Estela Renner. Disponível em mais de 150 países, com legendas em 11 idiomas – inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, holandês, russo, árabe, hindi, turco e coreano – a série está disponível mundialmente em www.aruanas.tv, em um ambiente powered by Vimeo, onde pode ser comprada por US$ 12,90. Até outubro, 50% das vendas serão doadas para uma iniciativa (a ser revelada) de proteção da floresta amazônica.

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Cristina Padiglione

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