Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Gregório Duvivier faz sessão extra de ‘Sísifo’ no streaming

Gregório Duvivier no monólogo 'Sísifo' / Foto de Elisa mendes/Divulgação

A breve temporada paulistana de “Sísifo”, com Gregório Duvivier, acabou no fim de semana que passou. Mas o monólogo acaba de ter uma exibição especial e gratuita anunciada para a plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaemCasa, ferramenta da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo gerida pela Amigos da Arte.

A apresentação vai ao ar no sábado (23), às 21h, celebrando dois anos do #CulturaEmCasa, que já alcançou mais de 7 milhões de visualizações e foi vista em 4,4 mil cidades e 166 países, por meio de 4,6 mil conteúdos culturais.

Inovador pela montagem e texto, o espetáculo conecta a mitologia de Sísifo ao caótico mundo hiperconectado e ao Brasil dos memes em 60 cenas curtas, todas emendadas uma na outra, interpretadas por Gregório Duvivier, que também assina o texto com o diretor Vinicius Calderoni.

Colunista da Folha, apresentador do Greg News, da HBO, e cofundador do coletivo de humor Porta dos Fundos, o ator se desdobra num subir-descer-saltar da grande rampa que ocupa o palco, em uma performance física de tirar o fôlego, com um preparo de impressionar a plateia.

A travessia, grande protagonista de Sísifo –o homem que carrega diariamente sua pedra morro acima para vê-la rolar ladeira abaixo e começar tudo de novo–, ganha no texto de Gregório e Calderoni uma série de contextos que atormentam a vida contemporânea. Em determinado momento, o ator encena estar preso a um gif, situação divertida e ao mesmo tempo constrangedora.

Calderoni resume que “Sísifo é o gif fundador da mitologia histórica, com essa ideia de eterno retorno.” “Percebemos como isso dava combustível para falar do momento histórico brasileiro, ao mesmo tempo em que falamos sobre travessia, sobre um trajeto que é preciso seguir. Não se chega a um novo Brasil sem passar por um Brasil distópico. Não se chega a um lugar sem passar por outro”, analisa Calderoni, repetindo a frase que Gregório reprisa incansavelmente no início do espetáculo.

Entre os muitos temas abordados em cena, estão os influenciadores digitais, absurdos nas transmissões ao vivo pelas redes sociais, o complexo momento político brasileiro, alertas de meio ambiente e as desilusões pessoais em um mundo hiperconectado.

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Cristina Padiglione

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