Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Hebe também será alvo de documentário, com depoimento de Roberto Carlos

Imagem da entrevista do rei a Hebe Camargo no SBT em 2010 / Reprodução YouTube

No ano em que Hebe Camargo completaria 90 anos, além de virar filme e minissérie, ela será também alvo de um documentário que já está praticamente todo gravado. São 40 depoimentos sobre a maior apresentadora de TV que o Brasil já conheceu. Na lista de celebridades ouvidas por Carolina Kotscho , roteirista e diretora do documentário, está uma figura rara em produções do gênero: Roberto Carlos. Não é todo dia que o Rei se dispõe a falar sobre alguém para uma câmera.

Queridinho de Hebe, com recíproca verdadeira, Roberto se emociona ao lembrar da grande amiga, única “estranha” no ninho das convidadas de “Elas Cantam Roberto”, e por “estranha”, entenda-se alguém da “concorrência”, já que o cantor tem contrato de exclusividade com a Globo e ela, na ocasião (2009), pertencia ao SBT.

Da mesma forma, Roberto, sempre pronto a recusar convites para estar em outros canais, deu uma ótima entrevista à loira em sua volta ao ar no SBT, após a primeira etapa de enfrentamento do câncer que a vitimou.

Não houve “concorrente” mais bem tratada na Globo, empresa conhecida por restringir a participação de profissionais de outras emissoras em sua tela, e vice-versa. O caso mais próximo, nesse contexto, foi Ricardo Boechat, morto há um mês, em acidente de helicóptero, cuja partida e obra foi amplamente mencionada na Globo. Boechat, no entanto, trazia no currículo a relevante carreira na Globo, o que nunca foi o caso de Hebe. Havia quem entendesse que a loira jamais deveria se render ao poderio da líder, sob o risco de ter sua espontaneidade sufocada pelo “padrão” Globo.

O conteúdo do documentário contém ainda entrevista com todas as apresentadoras da TV brasileira, como Xuxa, Angélica e Eliana, além de figuras anônimas e muito relevantes na vida da loira, como a produtora de seu programa, Regina Souza, eternamente conhecida no métier televisivo como “a Regininha da Hebe”, e Aurora Prado, que foi diretora do programa e esteve na equipe da loruda por anos a fio – ambas com histórias de quem conheceu Hebe bem de pertinho.

Carol conta ainda com uma funcionária da casa de Hebe, que teve na loira a grande referência de sua vida, embora não a tenha conhecido, uma história daquelas capazes de fazer qualquer roteirista babar.

A ideia era fazer do documentário a base de pesquisas para a série e o filme, também roteirizados por Carolina, mas as gravações dos depoimentos acabaram ficando para depois, o que favoreceu o repertório de perguntas aos entrevistados.

Hebe, o documentário, chegará aos cinemas após o filme, que tem previsão de estreia para 15 de agosto. Depois de cumprir um período nas salas, o documentário chegará à TV, provavelmente pela GloboNews.

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