Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Jacquin: ‘Antes, tomava processo. Agora, dou bronca e me pagam’

Erick Jacquin na cozinha do Le Bife, restaurante cujo menu é assinado por ele, no Itaim

Erick Jacquin vem curtindo a vida que pediu a Deus. Prestes a estrear seu primeiro programa solo na TV aberta, o “Pesadelo na Cozinha” (começa nesta quinta, 26, às 22h30, na Band, com vaga também na TV paga, nas noites de domingo, às 20h05, pelo Discovery Home&Health), o chef francês trabalha com gastronomia, seu grande prazer, sem ter de se preocupar com o ponto certo da carne ou os afazeres de uma cozinha própria, sem contas a pagar ou com funcionários que o contrariem.

“Antigamente, eu gritava com funcionário e tomava processo trabalhista. Agora, dou bronca, sou pago por isso e ainda me agradecem”, diverte-se.

Com a experiência de quem levou dois restaurantes à falência, Jacquin fala abertamente sobre o caso mais conhecido, o do La Brassérie, que ficava na Rua Bahia, em Higienópolis, para sanar as dúvidas e anseios dos donos de restaurantes escolhidos para participar da 1ª temporada do “Pesadelo na Cozinha” no Brasil. Versão do programa pilotado pelo indócil Gordon Ramsay, o reality da Band se desdobra em 13 episódios, sendo 12 em São Paulo e apenas um no Rio, caso que a equipe trata com especial atenção. “Foi um programa muito bacana, lá perto de Cidade de Deus, de dois jovens. Acho que vão gostar”, antecipa Jacquin.

E quando lhe pergunto se ele será tão rude quanto Ramsay, ele tem a resposta treinada na ponta da língua: “quem é esse?” O francês jura que mal conhece os modos do controverso australiano e preferiu não ver nada “para não influenciar” no seu modo de conduzir o negócio.

Personagem de si próprio, Jacquin dá broncas e nos faz rir. “Você chama isso de hambúrguer?”, pergunta a um dos cozinheiros em cena no programa. “Se isso for um hambúrguer, eu sou um padre”.

Diferentemente do “Masterchef”, que preza a competição como mote, “Pesadelo” é um reality de transformação. E, abrindo o leque de patrocinadores do ramo alimentício e de cozinha, a Band entra no ar com aval de Brahma, Extra, Heinz e PagSeguro UOL. Os participantes dão a cara a bater, encaram a exposição da TV (todos terão as fachadas de seus restaurantes expostas, assim como no formato original), mas, além da consultoria de Jacquin, ganham também uma reforma na cozinha, bancada pelo programa.

A série de 13 episódios está toda gravada. Dessa forma, Jacquin logo poderá se dedicar, sem estresse, às gravações de mais uma temporada do “Masterchef Brasil”, com Paola Carosella e Henrique Fogaça. Sem cozinha própria, Jacquin exercita o prazer da cozinha mais à distância, assinando os menus dos restaurantes Tartar & Co e Le Bife, ambos em São Paulo.

Em tempo: o Discovery Home&Health terá ainda uma segunda janela de exibição do “Pesadelo na Cozinha”, nas noites de sexta.

Curta nossa página no Facebook e siga-nos no Twitter

Cristina Padiglione

Cristina Padiglione