Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Líder na TV paga, GloboNews contabiliza público de 24 milhões em cem dias de pandemia

Cesar Tralli no Edição das 18h: crescimento de 115% na audiência / Reprodução

Com mais de 20 horas diárias de jornalismo ao vivo, a GloboNews fez um levantamento de dados de audiência que soma cem dias de processo de isolamento social, a contar de 15 de março no Brasil. Nesse período, o canal assumiu a liderança da TV paga no país, feito que nunca havia alcançado em seus 24 anos de vida. Pelas contas do canal, com base nos dados de audiência aferidos pelo instituto Kantar Ibope, 24 milhões de telespectadores passaram pelo canal nesses cem dias.

Uma cobertura iniciada basicamente pelo alarme em torno da maior crise sanitária mundial que já tivemos neste século foi, aos poucos, sendo atropelada por uma crise política no país, gerada a princípio pelo negacionismo do presidente Jair Bolsonaro, em contraposição às autoridades de saúde do mundo e do seu próprio governo, levando a duas trocas de ministro da pasta só nesse período.

A desordem política foi agravada pelo pedido de demissão de Sergio Moro, um dos ministros fortes do governo Bolsonaro, que gerou uma série de desdobramentos, em sequência paralela ao andamento de investigações que rondam os filhos 01 e 02 do presidente. As consequências de tudo isso estão longe de se esgotar e não mostram trégua, cabendo ao jornalismo profissional apenas registrar o andamento dos fatos, sem omissão ou maquiagem, como pedem os bolsonaristas a emissoras e sites aliados.

A GloboNews acompanhou de perto as ações para tentar controlar o vírus, sem deixar de lado a crise política em Brasília e os principais passos de operações do Ministério Público e da Polícia Federal.

Com uma sequência de fatos quase sem pausa, o canal registrou alguns dias históricos para sua audiência.

  • No dia 24 de abril, Sérgio Moro anunciou sua saída do Ministério da Justiça e denunciou interferência política na Polícia Federal. Na ocasião, o canal conquistou sua melhor sexta-feira da história.
  • Em 15 de abril, a saída de Nelson Teich do ministério da Saúde levou o canal a superar até mesmo Band e SBT em audiência no segmento de público AB1.
  • Em 22 de maio, a GloboNews superou mais uma vez SBT e Band ao cobrir a quebra do sigilo da gravação da reunião ministerial.
  • Em 18 de junho, quinta-feira passada, a GloboNews quebrou mais um recorde com a cobertura da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, com as primeiras informações e imagens da detenção, ocorrida no sítio do advogado do senador, em Atibaia ((SP). Foi a melhor quinta-feira do canal desde maio de 2017, quando noticiou o vazamento do áudio de Joesley Batista, dono da JBS, em conversa com o então presidente Michel Temer.

A ampliação do noticiário ao vivo fez crescer a audiência de todos os telejornais que tiveram suas durações estendidas.  Os grandes destaques foram o Edição das 16h, apresentado por Christiane Pelajo, e o Edição das 18, comandado por César Tralli, que mais que dobraram sua audiência, com crescimento de 117%, e 115% de audiência, respectivamente.

No período da manhã, o Em Ponto e o Edição das 10 cresceram 55% e 85%, respectivamente. Estúdio I subiu 69%, Em Pauta, 42%, e Jornal das Dez, 32%, em uma comparação entre os períodos de antes e depois do início do isolamento no Brasil.

Lançada nesse contexto, a Faixa Especial Coronavírus, aos domingos, das 18h à 0h, mais que duplicou a audiência da faixa, com 153% de crescimento. Já em sua segunda edição, no dia 22 de março, rendeu ao canal o melhor domingo desde 2018, quando a GloboNews cobria os principais fatos das eleições presidenciais no país.

Além de representar a busca do público por informações críveis e profissionais, sem maquiagem sobre os fatos mais relevantes do país, é preciso lembrar que o sinal da GloboNews foi aberto durante a quarentena, e assim continuará pelas próximas semanas, sendo acessado por todos os assinantes de TV paga. Mas esta condição não é exclusividade da emissora. Outros canais pagos também abriram seus sinais a toda a base de pagantes.

Também vale registrar que os cem dias de pandemia são os mesmos cem dias de funcionamento da primeira concorrente de peso para a GloboNews, a CNN Brasil, que estreou justamente em 15 de março e tem trilhado um rumo de jornalismo profissional, sem omissões e com alguns méritos. Com um bom time de profissionais, o canal passa muito distante da inversão da notícia, como têm feito SBT e Record, em especial, que evitam abrir seus principais noticiários com os números de vítimas da Covid-19, uma questão central no momento.

A chegada da CNN Brasil e o peso do time ali apresentado foi igualmente um motivador para a GloboNews, que mesmo antes da pandemia se preparava para ampliar sua cobertura ao vivo e promoveu mudanças na programação em função do novo canal. Viva a concorrência.

No streaming, a GloboNews pode ser visto pelo Globosat Play e G1.
 

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Cristina Padiglione

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