Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Lucas Mendes se corrige e assume responsabilidade por edição do Manhattan

Lucas Mendes, âncora e criador do Manhattan Connection. Foto: Reprodução

Embora tenha chegado a dizer que a TV Cultura havia cortado um trecho do último Manhattan Connection, e que isso teria gerado uma falta de contexto ao xingamento final feito por Diogo Mainardi ao advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, Lucas Mendes se enganou e pede desculpas.

Não houve corte na fala em que Fábio Porchat cita Olavo de Carvalho e diz inclusive a palavra “cu”, que foi ao ar: “O líder deles [Bolsonaro] manda todo mundo enfiar coisas no cu”, disse o humorista no programa.

Ainda que isso tivesse sido cortado, o trecho foi dito meia hora antes do xingamento de Mainardi,  que não encontra na sua fala qualquer contexto, a não ser a citação a Olavo de Carvalho. Após uma série de agressões a Kakay, e dois blocos depois de Porchat ter se despedido do programa, Mainardi disse: “Como diria Olavo de Carvalho, vai tomar no cu”.

“A direção da Cultura me perguntou educadamente  se poderiam cortar o insulto e pedi educadamente para NÃO cortar”, escreveu Lucas Mendes em e-mail enviado ao blog. “E não cortaram. Nunca tivemos nenhum problema de censura com a Cultura”, esclareceu o âncora do Manhattan Connection. “As controvérsias surgiram justamente porque não somos censurados.”

A Cultura optou por cobrir o xingamento de Mainardi com um bip, o que também poderia ser interpretado como uma forma de censura, mas o recurso deu ao telespectador a chance de saber que o convidado foi insultado. Não houve falsificação do que ocorreu.

Ao repórter Vitor Moreno, do site F5, da Folha, Mendes chegou a dizer o contrário porque achava que haviam cortado a fala de Porchat, o que efetivamente não ocorreu. “Eu errei e peço desculpas ao repórter Vitor Moreno, aos  leitores da Folha, à Cultura e, em especial ao Leão Serva [diretor de jornalismo], um dos editores mais finos e corretos com quem já trabalhei”.

Mendes disse mais: “Nós quatro no programa não concordamos sobre tudo, felizmente. Seria um programa chatíssimo, mas combinamos contra a censura, e fui eu quem pediu ao Leão na quarta feira para não cortar. Por isto eu não peço desculpas. Assumo a culpa, mas as informações que dei sobre o corte do Leão Serva merecem todas desculpas possíveis.”

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Cristina Padiglione

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