Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Microfone do SBT estará na tela da Globo, garante diretor

André Beltrão como Hebe, aqui com microfone neutro. Crédito: Jonas Tucci/Divulgação

O microfone do SBT vai dar pinta na tela da Globo e sem restrições, garante Maurício Farias, diretor do filme e da minissérie sobre a vida de Hebe Camargo. Na série a ser exibida pela Globo, não será usado nenhum nome fictício de emissora de TV para as cenas em que Andréa Beltrão representa a apresentadora em sua longa passagem pela rede de Silvio Santos, dos anos 80 até o fim da vida, em 2012 – ela chegou a ficar pouco mais de um ano na RedeTV!, entre 2011 e 2012, quando assinou sua volta para o SBT, sem ter tido chance de reestrear na antiga casa.

Assim como nas filmagens do longa-metragem, já concluídas, em que foi usado microfone com a canopla do SBT nas mãos da personagem, a Hebe de Andréa aparecerá na versão de “Hebe” para a TV sustentando o mesmo instrumento de trabalho, devidamente nominado. “O nome do SBT estará, sim, na minissérie”, confirmou o diretor em entrevista ao TelePadi.

Também não há de ser uma exposição além do necessário para identificar o canal, como endossam algumas imagens já gravadas, como a que ilustra este texto, com microfone neutro em cena. De todo modo, não será possível acusar a produção de omitir o nome da rede de Senor Abravanel.

As gravações da série estão previstas para começar em novembro. Serão dez episódios somando as cenas já feitas para o filme – que englobam o período de 1981/82 – e um novo estoque de registros, agora cobrindo toda a vida de Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, entre os 15 anos, quando ela começa a trabalhar, até sua morte, em 2012, aos 83 anos, em decorrência de câncer.

Marido de Andréa, o diretor Maurício Farias voltará a gravar em São Paulo para cobrir o roteiro de Carolina Kotscho para os dez episódios da série. Segundo ele, nem o sobrinho de Hebe, Cláudio Pessutti, nem o filho da apresentadora, Marcello, fizeram quaisquer objeções ao script.

Andréa tem usado peças originais da própria Hebe, inclusive as famosas joias ostentadas pela apresentadora e os célebres vestidos repletos de brilho usados pela loira.

Convém lembrar ainda que Maurício Farias experimenta uma boa trajetória de quebra de tabus na Globo, a respeito de citações a outras emissoras. Ele é, ao lado de Marcius Melhem e Marcelo Adnet, um dos criadores do “Tá no Ar”, programa de humor que chega à sua 6ª e última temporada em 2019, esbanjando menções a emissoras e talentos concorrentes da Globo.

Aos mais jovens também é bom informar que embora Globo e SBT nutram, atualmente, um certo respeito uma pela outra, nem sempre foi assim. Antes que a Record tentasse pegar carona no sucesso da líder para anunciar que ela estava a caminho da liderança, como ostentou em seu slogan por anos a fio, era o SBT que fazia sombra à Globo, inclusive com audiência vitoriosa aos domingos, pela voz do próprio Silvio Santos, condição que só se reverteu após até a chegada de Fausto Silva ao plim-plim.

O mundo gira mesmo e a câmera roda, amém.

 

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