Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Monalisa Perrone sofre para inverter o relógio no carnaval

Monalisa Perrone, de uma ponta da madrugada à outra

Entre algumas edições do “Hora Um”, expediente que faz Monalisa Perrone despertar à meia-noite e meia, um plantão no “Jornal Nacional” de sábado, no Rio, e a transmissão do carnaval, que passa a apresentar com Chico Pinheiro logo mais, a jornalista conta que se sente como se tivesse feito três viagens ao Japão.

“É o caos”, fala ela ao TelePadi, sobre inverter o fuso horário para passar a  madrugada atenta, com disposição em ritmo de tchi-cum-dum no Anhembi.

Este será o quinto ano de Monalisa na apresentação, sempre ao lado do grande amigo Chico Pinheiro. Mas, no total, calcule só, este será o seu 24º carnaval trabalhando – nem sempre pela Globo, já que a cobertura da folia inclui passagens pela Band e pela rádio Jovem Pan. Nesse tempo todo, ela só ficou de fora do carnaval de 2005, quando nasceu seu filho.

Com 10 a 12 horas de transmissão ao vivo, Mona (perdoem a intimidade, mas acabei me rendendo ao apelido pelo qual a chamam dentro da Globo) nem pensa em cometer gafe, mesmo sabendo que está muito sujeita a isso em uma ocasião como esta.

“Não dá pra fazer carnaval pensando nos erros ou nas consequências deles. Para nós, são semanas de preparação. Nesta sexta, eu começo a me preparar às 6 da tarde”.

Nesses 24 anos, apesar de todas as mudanças operadas pelas plataformas digitais e pelo modo como o público vem consumindo a TV, o que mais se transformou, a seu ver, foi a interação entre reportagem, apresentação e comentaristas, um alcance que tem mais a ver com a questão física do que com qualquer outro aspecto.

“No meu tempo de repórter, os apresentadores ficavam em uma bolha, os comentaristas ficavam longe dos apresentadores, e os repórteres também, cada um no seu pedaço. Não havia uma conversa tão estreita entre comentaristas, apresentadores e repórteres.”

“Ficou muito mais gostoso para quem faz a transmissão, e a premissa é que pra funcionar para o público, antes tem que funcionar pra gente.”

O time, que conta ainda com Ailton Graça, Alemão do Cavaco e Celso Viáfora, já se entende só pelo olhar. No ano passado, Graça tinha acabado de colocar umas uvas na boca, quando foi chamado a opinar sobre mestre sala e porta bandeiras por Mona. “Só de olhar, eu percebi e dei uma enrolada, até ele poder falar”.

Assim como Chico, Mona também visitou todas as escolas sobre as quais vai comentar. Mas é o preparo físico, mais do que o intelectual, que pesa para uma boa performance no microfone. “Se você não estiver bem, a palavra não sai”, ela diz.

Sobre o “Hora 1”, a jornalista não se cansa de se surpreender com  os 6 ou 7 pontos de audiência diária alcançados pelo noticiário, desde as 5h da matina.

Está certa de que sua longa temporada como repórter a ajuda a dominar a transmissão ao vivo, seja de um desfile de carnaval, seja de um acidente como o que vitimou boa parte do time da Chapecoense, quando o “Hora 1” era o primeiro noticiário de rede a contar aquela triste história. “Ficamos no ar por 1h50, sem script, só no improviso.”

 

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Cristina Padiglione

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