Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Na corrida pelo Oscar, ‘Retratos Fantasmas’ investe em empresa líder em premiações nos EUA

Cartaz do longa documental brasileiro, 'Retrato Fantasmas', de Kleber Mendonça Filho / Divulgação

Escolhido como representante do Brasil na corrida por uma das vagas de finalista a filme estrangeiro no Oscar 2024, o longa-metragem “Retratos Fantasmas”, dirigido e escrito por Kleber Mendonça Filho e produzido por Emilie Lesclaux, conta com a distribuidora americana Grasshopper para promover o lançamento nos Estados Unidos.

Não basta que o filme seja bom: o lobby para fazer o longa rodar diante de olhos estratégicos, gente que realmente faz a dife

rença na promoção do título, é fundamental para torná-lo uma opção forte não só na categoria de filme estrangeiro, mas também de documentário, seu gênero, e até de segmentos disputados com produções americanas, como direção, fotografia e roteiro, algo semelhante ao que se deu com produções como “Cidade de Deus” e “Parasita”.

Baseada na repercussão internacional do longa, que estreou na Seleção Oficial do Festival de Cannes e foi selecionado para mais de 30 festivais internacionais, a distribuidora contratou a Cinetic Marketing, empresa líder na temporada de premiações e campanhas para o Oscar dos últimos anos. Na cerimônia de 2023 da Academia, a Cinetic teve 18 vitórias para filmes que divulgou, incluindo as principais categorias, além de Filme Estrangeiro, Animação e Documentário.

Entre os filmes divulgados pela Cinetic de Ryan Werner para campanhas de Oscar estão: “Everything Everywhere All at Once” (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”), “Parasita”, “Drive My Car”, “A Grande Beleza”, “Another Round (Druk – Mais uma rodada)”, “Moonlight”, “Ida” e “The Power of the Dog” (“Ataque aos Cães”).

Nos últimos três anos, três documentários foram indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “Flee – Nenhum lugar para chamar de lar”, de Jonas Poher Rasmussen; “Honeyland”, de Tamara Kotvska e Ljubomir Stefanov; e “Collective”, de Alexander Nanau.

Nos Estados Unidos, “Retratos Fantasmas” vai estrear nos cinemas após o Festival de Cinema de Nova York (NYFF), onde faz parte da prestigiosa seleção Main Slate, seleção principal do evento. Antes, será exibido no tradicional Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), que traz as apostas de filmes para a temporada de prêmios, onde participa na categoria Wavelengths, que reúne “filmes que expandem nossas noções sobre cinema”.

No Festival de Veneza para o lançamento do filme “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, a produtora Emilie Lesclaux, que já fez mais de 1,5 milhão de espectadores no Brasil com os longas “Bacurau”, “Aquarius” e “O Som ao Redor”, e produziu mais de 10 filmes no País, comemora a terceira semana de exibição simultânea de “Retratos Fantasmas” no Brasil e em Portugal.

A estreia comercial nos cinemas na Espanha está marcada para o dia 27 de outubro, com chegada ao circuito da França cinco dias depois, em  1º de novembro.

Com 55 cópias no Brasil, “Retratos Fantasmas” já é o documentário brasileiro mais visto dos últimos cinco anos, com a soma de 40 mil espectadores até aqui.

A PREMISSA

Como em tantas cidades do mundo ao longo do século 20, milhões de pessoas foram ao cinema no centro do Recife, terra natal do diretor, que revisita assim sua própria vivência com as telas. Com o passar dos anos, as ruínas dos grandes cinemas revelam algumas verdades sobre a vida em sociedade.

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Cristina Padiglione

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