Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Número de horas diante da TV cresceu, mas estudo soma games, DVD e web

Em tese, o brasileiro está consumindo uma hora a mais por dia de “televisor”.

Em 2007, o público local passava, em média, 5 horas e 11 minutos por dia diante da TV. Em 2016, esse tempo saltou para 6 horas e 17 minutos.

A questão é que nessa soma não há discriminação de consumo de streaming (internet por meio do televisor), games ou DVDs. Isso pode englobar a Globo, Record, FOX, Discovery e qualquer outro canal de TV transmitido via operadora ou sinal de radiodifusão, mas também pode incluir o tempo consumido com Netflix, GloboPlay, Amazon, games, DVDs, YouTube, vídeos do Facebook ou mesmo filmes alugados por outras plataformas sob demanda, seja por meio da assinatura de TV paga ou por streaming de outras plataformas.

Nesse contexto, não é possível afirmar que o número de horas de consumo do conteúdo de canais de TV, propriamente dito, cresceu. A larga fabricação de SmartTVs também aumentou consideravelmente nesse período, reduzindo o custo do produto, sem falar na facilidade dos cabinhos capazes de conectar uma TV a qualquer laptop, adquiridos em mercados populares como uma Santa Ifigênia qualquer. Esse cenário tornou a tela do televisor um meio muito mais atraente que uma tela de computador para acessar conteúdos online.

Um bom indício disso é que o estudo aqui mencionado, obra do Target Group Index, da Kantar IBOPE, mostra que o vídeo sob demanda já é usado por 20% dos brasileiros. A fatia é nove vezes mais que o saldo de 2013, um crescimento avançado de comportamento. É claro que uma parte considerável desse bolo se distribui entre conteúdos de canais de TV que disponibilizam seus vídeos em sistema sob demanda via streaming, mas a receita do bolo engloba de tudo um pouco.

A pesquisa aponta que 48% dos telespectadores brasileiros têm o hábito de se programar para assistir a conteúdos de TV, demonstrando que o consumo do que vem da grade televisiva das emissoras e o consumo não linear coexistem, e não são excludentes. Os dispositivos e plataformas se complementam para tornar a experiência do telespectador melhor, abrindo a chance de ver o que se quer, quando e onde for conveniente.

TV

 

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Cristina Padiglione

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