Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Parceria entre GloboNews, Globo Filmes e produtoras já rendeu 80 docs só este ano: 7 estão na Mostra

O diretor Jorge Furtado

Assim como aconteceu no Festival de cinema do Rio e em importantes eventos de cinema mundo afora, a televisão tem ocupado algum espaço na programação de calendários antes voltados exclusivamente à Sétima Arte. É o que acontece na 41ª Mostra Internacional de São Paulo, com a exibição de sete de uma longa série de documentários produzidos em parceria entre GloboNews, Globo Filmes e produtoras independentes.

Foram incluídos na agenda da Mostra os inéditos “Aqualoucos”, de Victor Ribeiro, que conta a história de  atletas-palhaços que faziam estripulias em cima da prancha de salto, a 10 metros de altura, no Clube Tiete, em São Paulo, e “A Imagem da Tolerância” – com participação da Maria Bethania, Fafá de Belém.

Há ainda ” 5 Vezes Chico – O Velho e Sua Gente”, de Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante, Eduardo Goldestein e Eduardo Nunes, que mostra uma jornada afetiva pelas águas e pelas histórias das comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco.

A Imagem da Tolerância”, de Joana Mariani e Paula Trabulsi, levanta a importância do feminino e da figura materna para os brasileiros no ano em que se comemora os 300 anos de Nossa Senhora Aparecida.

“SLAM: Voz de Levante”, de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva, venceu dois prêmios no Festival do Rio 2017 (Melhor direção de documentário e o Prêmio especial do júri), fala sobre as batalhas de poesia falada.

“Callado”, de Emília Silveira (“Setenta”), relembra a trajetória do jornalista, escritor e teatrólogo e sua obra, toda dedicada à descoberta do Brasil e a denunciar as injustiças contra índios, negros, camponeses e mulheres.

“Cartas para um Ladrão de Livros”, de Carlos Juliano Barros e Caio Cavechini, narra a história de Laéssio, o maior ladrão de livros raros do Brasil.

E “Henfil”, de Angela Zoé, traz uma cinebiografia sobre o cartunista a partir de um workshop com jovens e participação de artistas como Ziraldo.

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo está em sua 4ª Edição e vai até 1º de novembro, em várias salas distribuídas por São Paulo.

Em andamento há três anos e meio, a parceria GloboNews com Globo Filmes e mercado independente de produção soma, só este ano, mais de 80 filmes documentários em andamento, o que coloca um gênero tradicionalmente relegado a terceiro, quarto ou quinto plano no Brasil a uma posição nunca antes alcançada nas boas janelas de exibição. Nesse montante, estão envolvidas 60 produtoras.

Os docs vão ao ar no cinema, e depois na TV. Nesse período de 3 anos e meio, os filmes foram vistos por mais de 6 milhões de pessoas no canal por assinatura  e o alcance médio das produções foi de 450 mil telespectadores por exibição.

Outros destaques foram “Tim Lopes – Histórias de Arcanjo”, sobre a trajetória do jornalista morto em 2002; “Betinho – A Esperança Equilibrista”, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que narra a vida do sociólogo Herbert de Souza; “Setenta”, de Emília Silveira, sobre a militância política nos anos 1970, que recebeu dois prêmios no 8º Festival Aruanda (Paraíba), incluindo o de Melhor Filme pelo júri popular; e “Sobral – O Homem que não Tinha Preço”, com depoimentos e imagens de arquivo sobre a trajetória do advogado Sobral Pinto (1893-1991).

 

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Cristina Padiglione

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