Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Record e SBT mantêm 2º e 3º lugares no ranking da TV paga nacional

Silvio Santos, Marcelo Carvalho e Edir Macedo

A saída de Record TV, SBT e RedeTV! do line up das operadoras de TV paga em São Paulo e em Brasília, mesmo considerando a condição de São Paulo como maior mercado do País, não derrubou Record e SBT dos lugares que lhes cabiam no ranking da TV paga que baliza o saldo das 15 regiões mais relevantes do ponto de vista publicitário, segundo dados do instituto Kantar IBOPE Media.

Embora tenham perdido uma audiência que pouco a pouco vai se recuperando, os números mostram que Globo (1º), Record TV (2º) e SBT (3º) continuam sendo os canais mais vistos por quem paga para ver TV.

De março a abril, as oscilações são as seguintes:

Record TV
Março: 5,57 pontos
Abril: 4,29 pontos
Maio: 4,50 pontos

SBT
Março: 3,65 pontos
Abril: 3,10 pontos
Maio: 3,27 pontos

A RedeTV!, que ocupava o 16º lugar no ranking das pesquisas do Kantar Ibope no universo da TV paga, caiu para o 24º posto, perdendo alguns decimais de sua já modesta audiência:

RedeTV!
Março: 0,48 ponto
Abril: 0,37 ponto
Maio: 0,43

 

Em todos os casos, convém notar que no segundo mês (maio)  sem sinal nas operadoras de TV paga para assinantes de São Paulo, praça que concentra o maior número de pagantes do País, e Brasília, as três emissoras apresentam ligeira recuperação, tomando como referência o mês de março, última temporada das respectivas emissoras com sinal distribuído pelas operadoras.

Conclui-se que muita gente seguiu o conselho de Silvio Santos e comprou a anteninha digital à venda no comércio popular por custo de até 50 Reais, não mais que isso. Mesmo assim, as três emissoras já perceberam que foi mais prejudicial a elas do que às operadoras de TV paga a decisão de só distribuir seus sinais às operadoras mediante uma remuneração que a indústria de TV paga se recusa em pagar. Se a Simba, associação que une RedeTV!, Record TV e SBT nessa briga, mantiver sua posição, o sinal será desplugado também em outras regiões do país, conforme avança o calendário do desligamento do sinal analógico. Aí, sim, até Record e SBT podem perder posição no ranking.

A partir da entrada da transmissão digital, as operadoras precisam da autorização das emissoras para carregar seus sinais, e se a Simba não recuar, estará sacrificando justamente a parcela de espectadores com maior poder aquisitivo e portanto, de maior interesse para o mercado publicitário, que banca a festa da TV aberta gratuita só com anúncios.

A Simba procura uma saída honrosa para não demonstrar que perdeu a queda de braço. Na semana passada, questionada sobre um suposto acordo com a Proteste, órgão ligado a Celso Russomano (da Record), a Simba não se pronunciou. A NET, maior operadora de TV por assinatura do Brasil, e a Claro TV, do mesmo grupo, informam que não receberam qualquer autorização dos canais para reverter a inserção de seus sinais no line up dos assinantes.

Assim, até o presente momento, tudo continua como está. Mas uma mudança parece próxima neste quadro.

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Cristina Padiglione

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