Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Relançado pelo Viva, ‘O Salvador da Pátria’ eleva audiência do canal

Sassá Mutema, personagem que causou furor em 1989 / Divulgação

Novela de Lauro César Muniz exibida em 1989, “O Salvador da Pátria” chegou ao canal Viva na segunda-feira (12) com boa plateia. A trama de Sassá Mutema (Lima Duarte), o boia-fria que vira autoridade, manteve o Viva na liderança da TV paga e alcançou mais de 1 milhão de pessoas, conquistando a segunda melhor estreia histórica de uma novela na faixa das 14h30 –o posto de liderança pertence a “Torre de Babel” (1998), de Silvio de Abreu.

No primeiro dia de exibição, “O Salvador da Pátria” foi líder de audiência da TV paga em seus dois horários (14h30 e 0h50).

Na faixa vespertina, conquistou 14% mais audiência do que o horário registrou nas quatro semanas anteriores. À noite, o acréscimo foi de 11% em relação ao mesmo período.

Segundo o Viva, 1 milhão de pessoas foram alcançadas pelo enredo, que há tempos constava entre os mais pedidos pelo público.

RANKING DA TV PAGA

O Viva fechou 2020 na liderança absoluta da TV paga em território nacional e em São Paulo, maior região do país em termos de consumo e população. Neste ano, o canal tem se mantido, na média, à frente de todos os outros, assim como a GloboNews, vice em 2020, segue em segundo lugar.

É preciso lembrar que até dois anos atrás, os infantis, Discovery Kids e Cartoon Network se revezavam na liderança da TV paga brasileira, com predominância para o Kids, voltado a crianças em fase pré-escolar. Os dois estiveram por anos na liderança e vice-liderança do segmento.

E não é que o público de TV por assinatura tenha crescido e o ranking tenha se embaralhado por novos assinantes –ao contrário, o setor tem perdido consumidores em razão da crise econômica que incentiva a escolha por serviços que lhe pareçam mais em conta, como o streaming, ou por mais nada pago.

Nos casos de maior aperto, vale mais gastar com serviço de internet para acessar endereços gratuitamente ou para se comunicar com o mundo na pandemia (ensino a distância incluso) do que com qualquer pacote de entretenimento.

A opção de encontrar entretenimento eletrônico para crianças em outras frentes contribui muito para a ligeira queda nos infantis no ranking da TV por assinatura, embora os canais voltados a criança continuem performando bem. No ano passado, Discovery Kids e Cartoon Network ocuparam a 3ª e 4ª posições, respectivamente.

Além da questão econômica que muitas vezes mostra o quanto o streaming pode ser mais vantajoso, no caso das crianças, plataformas como Netflix e Amazon, repletas de atrações para os pequenos, não têm publicidade, uma grande vantagem vista pelos pais mais cautelosos.

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Cristina Padiglione

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