Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

TNT lidera audiência com futebol que antes cabia ao Esporte Interativo

O fim do Esporte Interativo (EI) como canal linear é um mau presságio para o segmento de TV paga, mas a transferência de seu maior evento para os canais de filmes e séries da Turner, programadora que respondia pelo EI, endossa que nada é mais eficiente que o futebol quando se trata de arrastar uma grande audiência de um canal para o outro.

Na primeira rodada desta nova temporada da Champions League, as transmissões do Esporte Interativo levaram a TNT, canal tradicionalmente de filmes, a liderar a audiência tanto na terça-feira, quanto na quarta da semana passada. O canal exibiu quatro jogos e ficou em primeiro lugar – em todos os targets – em todos eles.

Na terça, a rodada dupla teve Inter x Tottenham e Liverpool x Paris Saint Germain e durante as duas partidas, a TNT foi o canal mais assistido. O jogo com Neymar teve seis vezes mais audiência que o segundo colocado no horário, na TV paga.
Na quarta-feira, a liderança ficou com a partida que marcou a expulsão de Cristiano Ronaldo pelo seu novo clube: Valencia x Juventus.

Nesta nova fase, em que é uma marca sem canal próprio na TV linear, o Esporte Interativo também exibe partidas da Liga dos Campeões pelo Facebook. A novidade já atraiu na primeira rodada fãs da competição, que puderam assistir ainda mais jogos e interagir diretamente, na mesma plataforma. Os seis jogos exibidos no Face reuniram, em média, 1,2 milhão de visualizadores únicos.

Um dos destaques, foi o jogo entre Barcelona x PSV, que teve 8,5 milhões de minutos assistidos. No entanto, o jogo com maior número de visualizadores únicos foi Monaco x Atletico de Madrid, visto por 1,6 milhão de pessoas.

O Esporte Interativo Plus, plataforma Over The Top (OTT, como Netflix) da marca, exibiu todas as 16 partidas e registrou o segundo dia com mais assinaturas na história do produto. A rodada marcou também o recorde diário de usuários únicos.

Diante de tudo isso, é de se notar que a crise não está nas torcidas, mas em alguns modelos de distribuição. Para a Turner, o custo de manter um canal linear só por um ou dois grandes eventos esportivos não compensou. O que se tem agora é um conteúdo com alto potencial para atrair anunciantes, sem o ônus de manter uma grade de 24 horas em função de três ou quatro dedicadas a esses cardápios tão rentáveis.

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Cristina Padiglione

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