Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

TV em São Paulo fechou o ano com 208 mil domicílios a mais na audiência

Porchat inflou a média da Record nas madrugadas / Foto: Edu Moraes/Divulgação

A TV amealhou mais audiência em 2016, em relação a 2015. Na média do ano, o total de aparelhos ligados na Grande São Paulo foi de 47,6%, ante 44,6% de 2015, na faixa das 7h à 0h. Isso corresponde a 208 mil domicílios. Na média das 24 horas do dia, 2016 teve 39,4% de aparelhos ligados, diante de 36,8% em 2015.

Se o aumento de desempregados ajuda a entender o crescimento da audiência, visto que há mais gente em casa em todos os horários, a TV também não tem tanto a comemorar porque os produtos lá anunciados não vêm sumindo das gôndolas de supermercado, como gostam de dizer os publicitários, visto que o poder de consumo dessa massa de espectadores também caiu e, com isso, os anúncios também não estão exatamente superlotando intervalos comerciais.

Mas ter a plateia à disposição já é um caminho.

A Globo cresceu em todas faixas. Das 7 à 0h foi de 13,8 em 2015 para 15,2 pontos no ano passado.

A Record, que tem ficado em terceiro lugar no Painel Nacional de TV do Kantar IBOPE Media, atrás do SBT, na faixa das 24 horas, mantém-se na vice-liderança na Grande São Paulo em todas as faixas. Ainda no plano das 24 horas, fez 5,8 pontos e cresceu 8% em relação a 2015. O SBT fechou o ano com 5,6 pontos na mesma região e horário. A estreia de Fábio Porchat no fim de noite (na verdade, início de madrugada) tem inflado os números desse saldo.

Entre 7h e 0h, a Record marcou 7,4 pontos de média, com crescimento de 8% em relação a 2015, fechando aí uma década na vice-liderança em São Paulo. O SBT marcou 6,6 pontos.

Na manhã, das 7 ao meio-dia, a Record também cresceu 8%, registrando 5 pontos de média, ante 4,2 do SBT. E na faixa vespertina, onde está a dita “Hora da Venenosa”, que bate a Globo com alguma frequência, a Record foi o canal que mais avançou, com 19% de crescimento: fez 7 pontos, ante 6,4 do SBT.

Na faixa nobre, das 18 à meia-noite, a Record ficou com 9,7, 1 ponto à frente do SBT, mas não houve crescimento. A grade do SBT ainda surte efeitos maiores sobre a audiência à noite, graças às novelas infanto-juvenis e ao Ratinho, com peso ainda das segundas-feiras, quando tornou-se uma praxe a vitória de Patrícia Abravanel sobre Xuxa. Essa linha de shows tem sido, no momento, o ponto de maior estudo dos executivos de Edir Macedo. Chegou-se a pensar em um programa diário com Geraldo Luís, bem a propósito do sucesso de Carlos Massa no SBT, mas Xuxa, “Power Couple” e Gugu devem continuar se revezando no horário, até que surjam melhores alternativas.

 

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Cristina Padiglione

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