Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

TV paga sofre nova queda de assinantes em julho

A TV paga, setor que chegou a ter quase 20 milhões de assinantes em 2014, e de lá para cá vem perdendo clientes, acaba de abandonar a casa dos 18 milhões de pagantes. Pelas contas divulgadas pela Anatel nesta sexta e reproduzidas pelo noticiário Tela Viva, o mercado perdeu 42 mil assinantes, somando, ao fim daquele mês 17,83 milhões.

A Claro TV perdeu 16 mil assinantes, fechando o mês com 1,741 milhão de clientes. A Net Serviços, do mesmo grupo, perdeu 9,4 mil assinantes, fechando julho com uma base de 7,18 milhões de pagantes, o que resultou 25,7 mil clientes a menos para a companhia.

Entre as pequenas operadoras, houve perda de 29,3 mil clientes. Só a Nossa TV, do sistema DTH, teve sua base reduzida em 74 mil assinantes, passando de 122,7 mil pagantes para 48 mil.

Mas houve quem tenha conseguido crescer. A Sky ganhou 4,2 mil clientes, alcançando agora 5,2 mil assinantes. A Oi TV cresceu 9,1 mil, chegando a 1,566 milhão, e a Vivo TV cresceu 1,7 mil clientes, somando 1,615 milhão de assinantes ao fim de julho.

As razões da queda

Há coisa de um mês, vários executivos do setor e pesquisadores de tecnologia e comportamento debateram sobre as transformações em andamento nesse universo, a começar pelo grande sucesso da Netflix, paralelamente à queda de assinantes.

Há um consenso, no entanto, que uma coisa não exclui a outra por mera opção do assinante. A verdade é que quem pode pagar pelos dois serviços, mantém assinatura em uma operadora de TV – o que também é relevante para o custo-benefício de serviços de banda larga, inclusive para acessar conteúdos Over The Top (OTT), como a própria Netflix – e até multiplica o menu oferecido via streaming, como Amazon e FOX.

Daí a conclusão mais clara que denuncia a crise econômica como grande vilã dessa queda, num diagnóstico que põe em segundo plano a questão comportamental do espectador, hoje disposto a desfrutar do poder de ver tudo quando e onde quiser.

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Cristina Padiglione

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