Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Vera Magalhães celebra avanço da diversidade à frente do Roda Viva

A jornalista Vera Magalhães fecha duas temporadas à frente do Roda Viva / Divulgação

Ao fim de duas temporadas à frente do Roda Viva, a jornalista Vera Magalhães comemora o avanço da presença de negros e mulheres naquele cenário onde ela também completou seu 100º programa como apresentadora.

“Tivemos 18 mulheres entrevistadas neste ano, contra 14 de 2020”, cita Vera, constantando “um crescimento de 29% em um ano.”

“O recorde anterior era 2010, quando houve 9 mulheres no centro”, conta a âncora, ressaltando que era  ano de eleição presidencial e havia duas mulheres candidatas a presidente: Dilma e Marina.

“Tivemos 12 pessoas negras entrevistadas no programa em 2021. No ano passado havíamos levado 7. Um crescimento de 70% de um ano a outro. Foram 15 pessoas não-brancas, porque tivemos também 3 indígenas no centro da roda. O único ano na história de 35 anos do Roda em que houve igual número de pessoas não brancas no centro foi 1989, também com 15. Antes e depois daquele pico, só números bem menores.”

Vera reconhece que “ainda há muito a avançar em termos de representatividade e equidade no Roda e em todos os espaços de mídia e debate público no Brasil”. De fato. O assunto tem movimentado projetos em várias emissoras e plataformas, com a relevância de ser também uma demanda do mercado publicitário, que percebeu a importância de levar à tela representatividade de cores, sotaques e gêneros em um mundo onde as telas individuais se multiplicam e as pessoas querem se ver em foco.

“Essa foi uma meta que elegi quando recebi o convite mais honroso da minha vida”, continua Vera, para quem os resultados têm apresentado edições históricas, “pelo leque de temas, abordagens, histórias de vida e visões de mundo possíveis quando se abre o raio da escuta”.

“Ganham certamente os espectadores. Ganha o jornalismo. E ganha a democracia.”

Vera prevê para 2022 “o desafio de manter essa preocupação ao mesmo tempo em que teremos inevitavelmente uma pauta mais carregada de política e eleições”. “Bora mergulhar nessa equação depois das férias. Obrigada a todos que fizeram parte dessa aventura de abrir a roda comigo.”

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Cristina Padiglione

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