Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Vídeo de homem que interrompeu Osesp para atacar Mônica Waldvogel viraliza

Mônica Waldvogel é abordada por homem que interrompeu um concerto da Osesp na Sala São Paulo para protestar contra a Globo/Reprdução

Um vídeo do homem que interrompeu um concerto da regente Marin Alsop no dia 29 de março, na Sala São Paulo, para atacar a jornalista Mônica Waldvogel, da GloboNews, alcançou 257 mil visualizações só em um perfil do Twitter, em menos de 24 horas. O material vem sendo amplamente retuitado e reproduzido em outras mídias por outras publicações desde esta segunda, 5.

A gravação foi feita pelo próprio agressor, que, sem mostrar seu rosto, chama a jornalista nas dependências da Sala São Paulo, durante o intervalo, e lhe pergunta: “Por é que a Globo e você não falam das matérias da Cruzoé (revista do site O Antagonista) contra o STF, do Dias Toffoli e do Gilmar Mendes?”

Ao ser chamada por ele pelo nome, ela inicialmente olha para ele, desviando a cabeça logo em seguida, ao notar suas perguntas e as intenções de documentar uma resposta dela, tentando constrangê-la. Ele continua: “Por que vocês omitem essas informações todas? A mesada que o Dias Toffoli recebe, de 100 mil, por que vocês não falam nada? Ou os patrocínios secretos do Gilmar Mendes? Por que vocês não falam nada? E ficam omitindo da população?”

Em seguida, o vídeo mostra o momento em que ele começou a gritar, durante o concerto, “Stop the music! Stop the music! Stop, please! Nós temos uma jornalista aqui que omite informação da Rede Globo, contra o STF, entendeu? A mesada do Dias Toffoli, que ele recebe, os patrocínios secretos do Gilmar Mendes”.

O vídeo se encerra aí. Em 2 de abril, a coluna de Mônica Bergamo na Folha noticiou o fato e a iniciativa da Osesp em tomar medidas judiciais contra o agressor, que protagonizou cena inédita na Sala São Paulo, segundo o diretor da Osesp, Marcelo Lopes.

Aliás, no link disponível em um perfil do Twitter nominado como “Laninha 01bolsogata”, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, a moça comete um equívoco ao atribuir a agressão à jornalista Mônica Bergamo, da Folha, sendo corrigida por outra seguidora do presidente na sequência de comentários. Comete ainda um segundo equívoco ao anunciar o vídeo como se Waldvogel fosse “desmascarada”, quando não há o que desmascarar, já que ela prefere ignorar a abordagem do homem, tratado pela tuiteira como “guerreiro”, sem nada responder.

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Cristina Padiglione

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