Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Visto por maiores de 50 na TV, ‘Roda Viva’ é redescoberto por mais jovens na web

O âncora do 'Roda Viva', Ricardo Lessa / Reprodução

A série de entrevistas do “Roda Viva” com candidatos ou pré-candidatos à presidência da República permitiu à TV Cultura um diagnóstico muito consistente sobre esse pântano tecnológico em que vivemos hoje em dia, quando criadores, programadores e distribuidores quebram a cabeça para entender se o conteúdo que vale para a TV pode valer também para a internet, e vice-versa.

O “Roda Viva” é um caso a ser considerado: visto por uma maioria (57%) acima de 50 anos pela TV, os programas endossaram seu fôlego ainda maior para a web, com um público mais jovem. Na página do programa no youTube, 47% dos inscritos tem menos de 34 anos.

A Cultura aproveitou a fila de entrevistas com figuras que pleiteiam algo em comum – a cadeira da presidência da República – para provocar no eleitor/telespectador o tão cobiçado engajamento.

As curtidas na página do programa no Facebook cresceram 32% desde o início das entrevistas com os presidenciáveis. Já no YouTube, os views ultrapassam a marca de 9,2 milhões, tendo Jair Bolsonaro, último dos sabatinados, como expoente máximo de audiência em todas as plataformas – inclusive na TV. Sua entrevista ficou entre os vídeos em alta no YouTube ao longo de 31 de julho, dia seguinte à entrevista realizada e exibida ao vivo.

No Twitter, seis das dez edições levaram a hashtag #RodaViva aos Assuntos Mais Comentados do Mundo (Trending Topics Worldwide), sendo que três delas ocuparam o primeiro lugar no ranking global – Manuela D’Ávilla, Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro. As outras quatro, por sua vez, figuraram na lista de principais assuntos no Brasil.

Com potencial para despertar a polarização que domina esse ambiente digital, Bolsonaro foi o mais visto em todas as telas, seguido por Ciro Gomes. Confira abaixo quem superou quem, em qual mídia, nas versões ao vivo e sob demanda.

 

Parece óbvio dizer que a TV tem um público mais velho que a faixa etária presente na web, mas não diante de um mesmo programa.

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Cristina Padiglione

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