Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

Destratado por Mainardi, Kakay se manifesta: ‘merece meu desprezo’

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Foto: Reprodução/TV Cultura

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, manifestou-se nesta quinta-feira (29), por meio de uma nota, sobre o tratamento destinado a ele no Manhattan Connection da véspera. Ao final da edição, logo após o âncora Lucas Mendes se despedir de Kakay, Diogo Mainardi, que havia batido boca com o advogado ao longo de sua participação, disse: “Como diria Olavo de Carvalho, vai tomar no cu”.

Em sua coluna no site O Antagonista, Mainardi reagiu a um post deste blog sobre o assunto e justificou que o xingamento se referia a algo que havia sido dito na primeira parte do programa. “O ‘convidado’ era Kakay, que durante o programa vaticinou a prisão de Sergio Moro. O xingamento era uma referência singela a algo que foi dito na primeira parte do programa, por Fábio Porchat”, justificou o jornalista.

A TV Cultura encobriu a última palavra com um bip, deixando o telespectador ciente do ocorrido, mas sem ouvir o xingamento completo.

Também nesta quinta, a Cultura se manifestou por meio de sua assessoria de imprensa, informando que não concorda com o comportamento de Mainardi e que está “tomando providências junto à produtora do Manhattan Connection”. A Cultura, no entanto, não explicita quais providências são essas.

Diz Kakay:

“Nunca o grande Manoel de Barros foi tão lembrado por mim como no ‘debate’ ontem: ‘Só uso as palavras para compor meus silêncios.’
Não serei eu, em nenhuma circunstância, que irei censurar a fala de um ‘humorista, como o Mainardi, que abusou do direito de ser indelicado e agressivo no programa. Ele merece meu mais profundo desprezo.

No final , ele se mirou em um de seus ídolos, o tal Olavo de Carvalho, e me agrediu verbalmente. Durante todo o programa, ficava reclamando, mas sem conseguir se manifestar de maneira clara e com um raciocínio lógico. Talvez ele precise de tratamento para superar a queda e a desmoralização dos seus ídolos, como insinuou o Haddad quando foi ao programa, ou talvez seja mesmo só essa figura patética e decadente.

O Brasil é um país triste hoje em dia por ter um presidente do nível do Bolsonaro. O tal Diogo finge que é um crítico do Bolsonaro, mas são pessoas do mesmo naipe. Ele, Olavo, Moro e Bolsonaro se merecem. Eu fico com o grande Mário Quintana:

‘Eles passarão, eu passarinho’.”

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Cristina Padiglione

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