Por Cristina Padiglione | Saiba mais
Cristina Padiglione, ou Padi, é paga para ver TV desde 1990, da Folha da Tarde ao Estadão, passando por Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo

YouTube já alcança quase 20% do tempo consumido em telas dentro de casa

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Segundo dados mensurados pela Kantar Ibope Media em dezembro passado, o YouTube já toma quase 20% do tempo de vídeos vistos em casa, nas 15 regiões metropolitanas de maior consumo do país, considerando a soma de todas as telas da casa. Sob esses parâmetros, a TV linear, vista em tempo real, tem hoje 68,4% do bolo total de consumo de vídeos em casa, ante 31,6% de conteúdo sob demanda.

Quando se leva em conta apenas o uso da TV, essa proporção cai para 79,9% (TV linear, somando aberta e fechada) a 20,1% (videos online).

Dados do Cross Platform View, solução da Kantar IBOPE Media que apresenta a audiência de TV Linear e de Video Online, apontam que 19,1% de todos os vídeos vistos em domicílio na mostra do instituto, em dezembro, vieram do YouTube, somando todos os aparelhos da casa. Essa fatia era de 15% há pouco mais de um ano.

No gráfico que mensura apenas os vídeos vistos pela TV, a parte que cabe ao YouTube cai para 12,6%. Segundo este mesmo bolo, a TV aberta teve em dezembro 71% de todo o consumo no televisor, reservando 8,9%, a canais pagos.

Tanto na conta que inclui todos os aparelhos da casa, como celulares, laptops e tablets, como no cálculo que considera apenas o uso do televisor, a Netflix tem 4,6% de consumo. O serviço de streaming é o único que não sofre alteração entre um quadro e outro, o que endossa que o público aprecia ver seus produtos basicamente em telas grandes.

O contrário acontece com o TikTok, que consome surpreendentes 4,5% no gráfico que computa todos os aparelhos da casa, mas não surge na pesquisa que mensura exclusivamente os televisores.

Na relação de plataformas sob demanda do gráfico só com televisores, o GloboPlay, único brasileiro entre os mais vistos, vem em 3º lugar, com 1,1%, atrás de YouTube e Netflix, mas à frente de gigantes como Prime Video, Disney e MAX,  e Prime Video. Na conta de todos os aparelhos, o brasileirinho tem 1,2% de consumo, com ligeira vantagem sobre o Prime Video (1%), seguido pelos demais.  

O mapa mensurado pela Kantar Media engloba as 15 regiões de maior consumo do país, a saber:: Grande São Paulo, Grande Campinas, Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte, Grande Vitória, Grande Porto Alegre, Grande Curitiba, Grande Florianópolis, Grande Goiânia, Distrito Federal, Grande Salvador, Grande Fortaleza, Grande Recife, Belém e Manaus.   

Para identificação do conteúdo, a Kantar Ibope Media se vale do peoplemeter DIB 6, um dispositivo moderno utilizado nos países da América Latina para a medição de audiência de TV, instalado em 6 mil residências das regiões mensuradas, sob critérios de faixa social e geográfica proporcionais aos dados do IBGE. O aparelhinho é aliado ao Focal Meter, um medidor lançado no mercado em 2021, capaz de mensurar o consumo de vídeo de todas as telas em uma rede de internet doméstica, instalado junto ao roteador dos domicílios mensurados.

Os dados que resultam nos gráficos divulgados mensalmente excluem conteúdo não identificado e outros usos dos aparelhos de TV, como consoles e games.

Confira os gráficos referentes a dezembro de 2024:

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Cristina Padiglione

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